2012/12/28

Porque persiste o DRM nos eBooks?


A maioria das editoras já se resignou a disponibilizar música digital sem DRM, facilitando a vida aos utilizadores (compradores) que pretendam fazer cópias de segurança ou transferia-las para os diversos equipamentos que tenham. No entanto, no caso dos eBooks, reina ainda uma era de aprisionamento onde os livros digitais que se compram mais parecem ser um raro privilégio com direitos diminutos que nos são dados muito a contra-gosto pelos editores.

A melhor forma de o visualizar será talvez lembrar aqueles livros com fechadura para impossibilitar a sua leitura por olhar alheios...


Em plena época digital, onde se esperaria que todos abraçassem as potencialidades das novas tecnologias, os editores parecem mais interessados em "fechar a cadeado" os livros digitais, e chegar ao ponto caricato de artificialmente implementar restrições ainda mais abusivas ao ponto de podermos fazer ainda menos coisas com um eBook do que era possível com um livro em papel (já experimentaram emprestar um ebook que tenham comprado no iTunes?)

Se a indústria musical já deu o braço a torcer e retirou o DRM da (maioria) das músicas vendidas online... esperemos que também a indústria dos eBooks o faça - e quanto antes. Pois senão estará a adiar o inevitável e apenas a atrasar uma mais rápida adopção dos eBooks como verdadeiras alternativas aos livros em papel.

(E seria também interessante que tratassem os clientes com maior respeito... pois se dantes se defendiam das acusações de preços elevados com os custos altos da produção dos livros físicos, torna-se um pouco estranho que agora - sem esses custos - nos tentem dizer que afinal o que mais custa é a pré-produção... e que se pode ter livros digitais ainda mais caros que a versão impressa!)

[via ars]

5 comentários:

  1. Está comprovado que depois de adquirido um leitor de ebooks, como o Kindle, os leitores aumentam bastante as horas de leitura. Só por isso, as editoras deviam fazer as contas, baixar os preços e retirar esse DRM criminoso. Passei a ler muito menos o português por causa desse DRM. Mesmo usando o http://epubee.com/ que dá muito jeito, os livros de língua portuguesa comprados por exemplo, na Leya, não ficam totalmente formatados de acordo com o original. Dá para ler, mas com parágrafos em locais impróprios no texto. Estamos a falar de livros comprados e não surripiados. É uma tristeza.
    Renato.

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  2. Sinceramente, embora os use muito, ainda não me dei ao trabalho de comprar ebooks, exactamente por causa do DRM, e por muitas vezes ficar bastante mais barato comprar a versão pocket do livro físico (é pequenino, mas o texto é o mesmo e isso é que me interessa).

    Gostava de ver as publicadoras Portuguesas a implementar um tal sistema que oferecesse o ebook na compra do livro físico, aí é que eu ficava nas nuvens (ou, ok, pelo menos dessem um desconto no ebook ehehhe).

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  3. Sem falar quando vc nem consegue ter acesso aos seus livros. Estou tento um problema, ainda não resolvido, com o e-Reader da Saraiva. Eles disponibilizam apenas 5 licenças, sendo 2 para computador e 3 para smartphones/tablets. Se vc troca de smartphones/tablets/laptops com frequência, acaba não conseguindo acessar mais seus livros.

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  4. Sem falar quando vc nem consegue ter acesso aos seus livros. Estou tento um problema, ainda não resolvido, com o e-Reader da Saraiva. Eles disponibilizam apenas 5 licenças, sendo 2 para computador e 3 para smartphones/tablets. Se vc troca de smartphones/tablets/laptops com frequência, acaba não conseguindo acessar mais seus livros.

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  5. Este natal ainda estive a pensar em comprar adquirir um Kindle ou um Kobo, mas depois de ver os preços e lecenças, decidi chutar para canto.

    Desde quando é que um eBook pode ser tão ou mais caro que um livro físico?
    É vergonhoso por vezes esses valores andarem à volta dos 10€!
    Não há gastos de material, a mão de obra é praticamente nula nem existem custos de distribuição. Sim, existem outros custos, servidores, manutenção e afins. Mas vejamos que estes custos acabam por ser residuais quando comparados com os outros.

    Enquanto as editoras não sofrerem pressão por parte das distribuidoras, e enquanto o as distribuidoras acharem que um eBook deve ser considerado um luxo, não devo gastar o meu dinheiro num eReader.

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