2016/01/15

Ao volante dos carros sem condutor do Google


A chegada dos automóveis que dispensam um condutor humano irá ser responsável por uma das maiores revoluções do mundo actual, e quem trabalha nisso diz que esse futuro está mais próximo do que se poderá pensar.

Tradicionalmente, a indústria automóvel evolui a um ritmo bastante vagaroso - e embora se possa tentar desculpar isso com a necessidade de cumprir regras de segurança, a verdade é que nem sequer é rápida quando se trata de aumentar a segurança: bastará ver quantos anos foram necessários até que coisas como o ABS e controlo de estabilidade se tornassem comuns ou obrigatórios. Mas o passo para automóveis que dispensem o condutor é um salto muito maior que todos os avanços tecnológicos feitos anteriormente, e têm sido testados vagarosamente e cautelosamente por alguns fabricantes, sob a forma de auto-pilotos inteligentes... mas que por via das dúvidas vão exigindo que o condutor mantenha as mãos no volante (excepção para os Tesla, que já conduzem sozinhos em vias rápidas, mas que também já foram obrigados a colocar algumas limitações para evitar os abusos de alguns condutores - que até passavam para o banco de trás durante a condução.)

Mas o Google não é conhecido por ter paciência para fazer as coisas lentamente, e embora as coisas continuem a demorar anos, trabalha já na geração seguinte de carros autónomos: aqueles que dispensarão por completo os volantes e pedais. Há um relato bem interessante do que se passa nos bastidores do projecto de carros autónomos do Google, e do que é estar ao volante de um dos seus protótipos, e de onde se podem destacar alguns pontos que me pareceram importantes.

O primeiro, que refere como grandes vitórias coisas que passariam despercebidas à maioria das pessoas; como o caso em que o carro, em modo autónomo, foi capaz de pisar, sem problemas, um monte de folhas de árvore que tinham sido sopradas para a estrada pelo vento. É algo tão simples, mas que em sistemas anteriores seria considerado um obstáculo que o carro teria que evitar (e ainda assim, haverá que saber distinguir entre um monte de folhas, ou um potencial paralelo, tijolo, ou obstáculo que realmente terá que ser evitado.

O outro será talvez ainda mais inspirador. Quando interrogado sobre todas as coisas que ainda faltam resolver, e a ideia de que a chegada destes carros ao mercado possa demorar ainda muito tempo, um dos responsáveis do projecto é bem mais optimista e diz estar convicto de que lá para 2020 estes carros estarão nas estradas e a dar início à revolução que poderá remover das nossas estradas 90% dos veículos (e tudo o que isso implica: menos parques, menos área ocupada por estradas, menos poluição, menos desperdício de energia, etc.)

... Sinceramente, espero bem que sim!

1 comentário:

  1. Enquanto isso há quem vá para o banco de trás (entre outras coisas):
    http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3310983/Tesla-turn-parts-autopilot-Elon-Musk-admits-humans-T-trusted-latest-video-shows-driver-backseat-car-navigates-highway.html

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