Investigador da Google alerta que revolução AI virá do sector open-source

Um alegado documento interno de um engenheiro da Google aponta alguns pontos interessante face aos avanços AI.

O documento tece críticas à forma como a Google se tem aplicado nas tecnologias AI, e acusa a empresa de estar demasiado preocupada com a OpenAI e a Meta, e a ignorar aquilo que - segundo este investigador - será a verdadeira concorrência no sector: a comunidade open-source.

Embora actualmente muito se fale com a incrível quantidade de recursos e dinheiro neccessários para treinar os grandes modelos AI como o GPT-4, este investigador foca-se na rapidez com que os modelos AI menores, que podem ser treinados e executados em computadores acessíveis, estão a evoluir. Tal como o Stable Diffusion open-source veio permitir que se criem imagens via AI localmente, em computadores, e até smartphones; a disponibilização do LLaMA da Meta está a facilitar que o mesmo aconteça nos assistentes AI ao estilo do ChatGPT.

Open-source is innovating faster and cheaper than us, or OpenAI, ever can.

Examples: pic.twitter.com/Ltd9D037Ns

— Jelle Prins (@jelleprins) May 4, 2023

Meta’s LLaMA leaked, and the open-source community tan with it. pic.twitter.com/ZXbHVK5yj3

— Jelle Prins (@jelleprins) May 4, 2023

A ideia é que, embora actualmente os modelos mais dispendiosos tenham vantagem, em breve se chegará a um ponto em que as vantagens de usar os modelos AI mais pequenos e acessíveis ultrapassem as desvantagens que têm face aos modelos das grandes empresas; e nessa altura todas as vantagens que os gigantes tecnológicos pensariam ter por conta dos seus sistemas AI deixará de ter o peso que pensariam que teria.

Claro que tudo isto são apenas considerações de um indivíduo, e certamente não faltará quem tenha opiniões contrárias. Mas, não deixam de ser pontos válidos que vale a pena serem analisados.

Resta saber se tudo isto não irá descambar numa segregação do mercado, ao estilo do que já se assistiu quando a Nvidia limitou artificialmente o desempenho dos seus GPUs para mineração de criptomoedas, com os fabricantes de chips a penalizarem os utilizadores comuns limitando o desempenho de funções AI, e disponibilizando-as apenas para as grandes empresas.