2014/04/06
Google agrada a todos mostrando mapas "politicamente correctos"
Como é que se pode agradar a todos quando estão em causa questões territoriais? O Google tem a resposta: mostra o mapa com as fronteiras que cada país quer ver.
No caso de um território disputado pela China e Índia, os utilizadores que forem ao Google Maps em cada país verão o território em causa como fazendo parte do seu país. Na China o território aparece como sendo chinês; na Índia aparece como sendo indiano. E isto poderá muito bem ser a mesma solução que poderá ser usada na Crimeia e em muitos outros casos de conflitos e polémicas.
Poderá ser uma solução politicamente correcta, mas não deixa de me fazer pensar se não corremos o risco de seguirmos numa direcção onde a internet nos vai mostrando apenas um mundo como supostamente alguns querem que seja... em vez de o vermos como na realidade é. O que se seguirá? O Google apresentar resultados que eliminam a teoria da evolução e explicações científicas para quem for criacionista ou fundamentalista religioso? Será que devemos mesmo arriscar-nos a que o mundo seja visto por uma janela com um filtro ao nosso gosto?
Qualquer dia a personalização permitida pelo Google será tanta, que cada utilizador poderá definir os países que bem entender no "seu" Google Maps.
... E por outro lado... não deixa de ser tão obtuso morrer tanta gente por causa destas "linhas imaginárias" que se insistem em traçar no nosso ridiculamente pequeno ponto azul.

penso que isso é mau, imaginemos que eu um cidadão indiano, sempre que fui ao google maps aquele terreno aparece como "meu" isso durante muitos anos, de repente decidem que esse território pertence mesmo a china, maior parte dos cidadãos vão ficar com o sentimento que foram roubados :P, é um exemplo um bocado extremo mas que pode acontecer, tinha mais piada ou sentido que mostrasse ao contrario, eu era chines e dizia que era da india, e visse versa, caso alguem acabasse por ficar com o terreno os cidadão iam pensar a isto afinal era nosso? porreiro :P
ResponderEliminarNão sei é como reagiriam os governos a esse mapa
'tá bem ! Os dois países não se entendem onde é que passa a fronteira e a Google é que vai decidir ?
ResponderEliminarSalomonicamente fazia passar a fronteira a meio, entre as que indica cada Governo e arranjava chatices com os dois ?
Eu deduzo que até hoje, os mapas e atlas dos dois países, já desenhem os mapas da forma como a Google lhes está a mostrar, pelo que não devem ser surpresa para os cidadãos desses países.
ResponderEliminarSe estão (como eu estava) curiosos para ver o que o gMaps apresenta aos demais cidadãos do mundo, pode ver aqui a forma engenhosa encontrada https://www.google.pt/maps/@28.0961374,94.172688,7z
Para o resto do mundo há duas fronteiras - a tracejado ?!
EliminarBem visto :)
Acho que têm toda a razão em apresentar assim os resultados.
ResponderEliminarAo contrário do exemplo mencionado sobre Evolução/Criacionismo em que evolução foi derivada com base no processo científico e suportada e revista com inúmeros dados coleccionados ao longo de mais de um século enquanto que a outra são contos de fadas em termos de linhas geográficas não se está a falar de situações imutáveis. A Google apresentar as fronteiras como sendo de um país ou outro definitivamente iria causar-lhes imensos problemas com o outro e eles não têm nada a ver com isso.
Viva
ResponderEliminarNunca ouviram falar de diplomaticamente correcto?
Tudo muito normal...
Trabalhei na embaixada de Portugal em Rabat, Marrocos, e antes de ir, num dos "briefings"
foi-me dito que, em caso de precisar de utilizar o mapa do Reino, ter atenção e NUNCA apresentar a região do Sahara com o tracejado, a dividi-lo...
Exacto e mesmo em termos empresarias não é nada de novo, a Microsoft tem um departamento só para tratar destas coisas. Que suponho que deve existir em qualquer multinaciona
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