2013/06/22
Os Diamantes e a Velocidade da Luz
Praticamente todos saberão que a luz viaja a velocidades incrivelmente rápidas, e quando se pergunta a alguém qual é essa velocidade a resposta mais provável será que digam 300 mil quilómetros por segundo (que é suficientemente próxima e muito mais fácil de recordar que 299,792,458m/s). No entanto, essa é a velocidade da luz no vácuo, e uma vez que não vivemos no vácuo, a luz por cá viaja a velocidades bastante diferentes... e talvez mais devagar do que se possa pensar.
Ora vejamos... no ar, a luz viaja a 99.7% da sua velocidade no vácuo - nada de relevante. Mas passemos para a água, e a sua velocidade passa para apenas 75%. No caso do vidro reduz-se ainda mais, para 66%... e no caso de um diamante, passa para a incrível velocidade de 41%! Sim, estão a ler bem: num diamante a luz viaja a menos de metade da sua velocidade no ar ou no vácuo!
É precisamente essa diferença de velocidade que faz com que a luz ao atingir um objecto num ângulo não perpendicular faz com que se refracte, pois parte da luz que atinge primeiro a superfície irá desacelerar mais rapidamente que a parte mais distante, "dobrando" a luz. E fá-lo num ângulo que varia consoante o comprimento de onda da mesma... o que faz com que luz de cor vermelha seja afectada de forma diferente da luz de cor azul - ou no caso mais comum: que quando se usa luz branca se obtenha o bem conhecido espectro das cores ao estilo do arco íris.
A atracção pelos diamantes - para além da sua dureza - tem a ver com este seu elevado nível refractivo que faz com que a luz que o atravessa crie o seu característico "brilho". A diferença do índice refractivo entre a luz vermelha e azul dá-nos a sua "dispersão" (ou seja, a separação que faz das diferentes cores).
... No entanto há outro mineral que consegue ter uma dispersão ainda maior que a do diamante, e portanto criar um brilho ainda superior, e o seu nome é "Cubic Zirconia" - sim, os seus substitutos que vemos frequentemente nas jóias mais económicas. Curiosamente, em vez de ser dado mais valor a este mineral (por ter o tal índice de dispersão superior e ser mais "bonito" de se ver), neste caso os "especialistas" acham que a sua dispersão já é "demasiada" e por isso não se pode comparar com a de um diamante.
Ou seja... o diamante criou a reputação que tem por fazer o que faz... e quando se arranjou um mineral que o supera a nível óptico - e que ainda por cima é milhares de vezes mais económico - dizem-nos que "não presta".
Pondo de lado as opiniões dos especialistas, se simplesmente gostam de coisas "que brilham", não se sintam inferiorizados por fazerem uma colecção de brilhantes de zircónia. ;P
[via]
O valor pode também estar relacionado com a resistência, é que os diamantes são eternos. (foi bonito, não foi?)
ResponderEliminarHá brilhos e brilhos, está visto.
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