2013/06/10
Xbox One - Obrigatoriedade de Internet e os Jogos Usados
Depois da apresentação da nova Xbox One, muitas perguntas permaneceram no ar sem resposta: como é que ficava a questão dos jogos usados, e da necessidade (ou não) de ter uma ligação permanente à Internet. A E3 está quase a começar, com a promessa de finalmente começarmos a ver os jogos que não se viram na apresentação oficial, mas a MS já revelou mais alguns detalhes quanto à questão da obrigatoriedade da internet e como vão lidar com os jogos usados.
Relativamente à internet, a MS relembra os benefícios de ter a consola ligada à internet. Graças ao novo modo que permite a comunicação mesmo com a consola em modo de suspensão nunca mais teremos que ligar a consola para ser confrontados com um aviso de "actualização disponível, aguarde". Tudo isso será feito automaticamente, e acaba-se a necessidade de procurar por discos para colocar no drive para jogarmos. Aliás, é até possível jogarmos os nossos jogos em casa de qualquer amigo com uma Xbox One, desde que se faça o login com a nossa conta.
Depois, embora digam que não é necessária uma ligação permanente à Internet, referem que pode haver alguns jogos (que serão a maioria certamente) que obriguem a que tal seja necessário ocasionalmente. Na prática seria melhor dizerem: sim, a Xbox One vai obrigar a que se tenha uma ligação à internet - más notícias para quem pensasse levar a sua Xbox One para uma casa de férias ou de um amigo sem internet... e para todos aqueles que ainda não têm internet em casa.
Com a Xbox One só será possível jogar-se desligado da internet por um máximo de 24h na nossa consola, ou 1h no caso de estarmos a jogar os nossos jogos noutra consola. Depois disso, só poderão dar uso "básico" de leitor de DVD/Bluray ou ver TV até que a liguem novamente à internet. (Vai ser interessante ver se a Sony opta por algo idêntico na PS4... e se for o caso, acabaram-se as consolas para quem quiser simplesmente jogar jogos, sem estar dependente de mais nada!)
No caso do jogos usados, temos algumas coisas interessantes, mas que "sabem a pouco". Todos os jogos estarão disponíveis em versão "disco" ou download logo desde o lançamento; e temos a possibilidade de jogar os nossos jogos em qualquer consola, bastando fazer o login com a nossa conta. Há também acesso partilhado para famílias (até 10 pessoas) que poderão aceder aos vossos jogos partilhados - mesmo quando estão eles próprios noutras consolas.
Quanto aos jogos usados... a coisa fica mais complicada: a MS diz que dá essa opção aos editores dos jogos, para que permitam a sua venda/troca nas lojas autorizadas. Mas isso é algo que ficará ao critério de cada estúdio. Ou seja... preparem-se para um futuro onde os jogos que compram nunca serão vossos, mas meros "alugueres" que não poderão revender para recuperar parte do investimento.
Da mesma forma, está disponível uma opção de dar os jogos a amigos, mas só o poderão fazer a amigos que estejam na vossa lista à mais de 30 dias, e... cada jogo só pode ser dado uma vez. (E novamente, tudo isto apenas se o editor do jogo decidir permitir esta funcionalidade.) Uma vez mais, parece-me absurdo estar a limitar todas as múltiplas vantagens dos conteúdos digitais, restringindo ainda mais do que era possível com os jogos em conteúdos físicos! Antes da moda das "activações", podiamos pegar num CD/DVD de um jogo e dá-lo a um amigo, que depois o poderia dar a outro, e assim sucessivamente. Agora com os jogos digitais, ficamos dependente da "boa vontade" do editor... e ainda por cima ficando limitado a poder oferecer o jogo apenas uma vez.
Todos estes aspectos irão certamente influenciar a compra da consola e dos jogos. Uma coisa será comprar um jogo que sabemos que podemos vender daqui por umas semanas por determinado valor para ajudar a comprar outro - outra coisa será gastar 50 ou 60€ que nunca mais poderemos amortizar de nenhuma forma.
Pode ser que as leis de mercado possam mesmo funcionar... caso os jogadores optem por fazer boicote a quem tentar despachar jogos "limitados" nesses aspectos, optando por comprar jogos que dêem essa possibilidade de serem revendidos sem taxas de reactivação abusivas.
Sempre fui jogador de PlayStation mas pensava dar uma chance à Xbox caso tivesse algo que me surpreendesse... de facto, surpreendeu mas pelos piores motivos. Depois de ver as apresentações e as features de cada, estou mais inclinado para optar pela PS4. As novas características enunciadas no artigo afastam-me muito da Xbox, contudo penso que os publishers e os 3rd party vão estar mais interessados em desenvolver para a Xbox uma vez que é uma plataforma que os protege mais...
ResponderEliminarPenso também que, pela primeira vez desde a luta PS e Xbox, esta geração apresenta duas visões muito diferentes do que ambas pensam ser o futuro das consolas de jogos... o que pretendo prende-me muito mais com o que a PS4 representa...
Vamos ter uma boa guerra este natal :)
Falta saber como o PS4 vai tratar estes casos, pois ainda nao está bem claro - e suspeito que vá ser coisa bastante semelhante.
Eliminarvai ser bom, quem tiver avaria nos serviços de internet durante uma semana, até arranham as paredes por não conseguirem jogar, lol
ResponderEliminarPirataria em cima da Xbox e Ps4!!!!!!!... Era assim tao dificil baixar os preços dos jogos e disppnibilizarem nos única e exclusivamente online ??? Sem blurays, sem nada!!! Jogos a 25€ ( ao seu lancamento ) e sem suporte físico !!! E a pirataria acabava de vez !! Agora 79€ por um jogo , com mil e uma restrições e sem a possibilidade de o vender para fazer algum dinheiro, Nao !!!! Que me desculpem mas Nao !!! Enquanto houver jogos a rolarem na minha xbox 360 ( jtag ) vão rular... Quando acabar o suporte logo se vera !!!
ResponderEliminarPodia ser rico que nunca na vida comprava um jogo por mais de 25 euros, com tantos bons jogos na ps2 , PC, wii quem precisa da Xbox One ainda por cima com um nome foleiro...cada vez pior a Microsoft...já nem o windows lhes salva....
EliminarÚnica forma de este sistema funcionar só mesmo baixando o preço dos jogos dos valores habituais para uns mais razoáveis 20€. Até porque todos os custos de distribuição desaparecem, não vejo sentido nem justificação para que tal não aconteça.
ResponderEliminarPor outro lado, pelo exemplo dos ebooks e "musicstores" também está bom de ver que a diferença de preço não é a equivalente à poupança na distribuição do bem físico. Somos explorados, novamente.
Depois vêm com o choradinho da pirataria.
Pois, só que duvido que baixem os preços dos jogos...
Eliminar25€ para os digitais, 40€ para os físicos... deixem-me sonhar ;)