2013/09/06
A solução do Google para desfragmentar o Android
Há muito que se vinha a dizer que o Google tinha que encontrar uma solução para resolver o problema da morosidade com que os seus parceiros disponibilizam as actualizações. O Google lança uma nova versão do Android para os seus Nexus, e no melhor dos casos terão que se esperar meses para que os fabricantes comecem a fazê-la chegar aos seus equipamentos - e só aos mais populares, sendo que muitos deles ficarão sem ver qualquer novo update.
Mas o Google já está a fazer qualquer coisa quanto a isso, e o seu nome é Google Play Services.
À esquerda vemos o popular gráfico da divisão das diferentes versões do Android, que tantas vezes é utilizado para mostra a sua fragmentação; à direita temos um gráfico que nos mostra quais os Android que estão a correr o Google Play Services, e que mostra um panorama completamente diferente, com praticamente a totalidade dos equipamentos Android a ter estes serviços (98.7% ou seja, todos os Android com versão 2.2 ou superior).
Uma vez que a actualização de um sistema é algo que vai estar sempre sujeita a atrasos, pois cada fabricante terá que fazer as suas modificações e afinações, testá-las, etc. O Google optou - e bem - por separar o máximo de funções do sistema em serviços separados que podem ser actualizados de forma independente.
Ou seja, tirando modificações que mexam no kernel, drivers, e algumas funções de base do sistema, tudo o resto pode ser agora facilmente actualizado como se de uma simples app se tratasse. A grande vantagem: estas actualizações chegam a todos os Android independentemente do seu fabricante ou da versão de Android que estiverem a correr (desde que suportem o Google Play Services - que como vimos, é a grande maioria). A excepção é que o próprio Google Play Service não se actualiza como uma app... já que está sempre activo e auto-actualiza-se sempre que for necessário sem qualquer intervenção do utilizador. Para todos os efeitos, o Google Play Service acaba por ser quase como "o próprio sistema operativo".
Embora isto não deva ser usado como desculpa para que os fabricantes deixem de se preocupar com a versão do Android que disponibilizam para os seus equipamentos, pelo menos serve como atenuante para todos os utilizadores, que assim sabem que mesmo em caso de serem "abandonados", o Google continuará a tratar deles por via destas actualizações de serviços.
[via Ars]
Isso não é bem assim... Isto do Google Play Services é giro e interessante mas não resolve o problema da fragmentação. Esse vai continuar a existir.
ResponderEliminarBasta a Google lançar alguma funcionalidade nova para o sistema (e não os seus serviços) que passam a existir novas APIs que só estão disponíveis numa próxima iteração do Android. E se um programador quiser tirar partido dessa nova funcionalidade, dessas novas APIs, irá continuar a ficar limitado ao pequeno número de utilizadores que está sempre actualizado com a última versão do Android.
Este é que é o verdadeiro problema e isto do Google Play Services não vem resolver nada disso. Não deixa de ser algo interessante e ajudar um pouco, mas serve um propósito diferente. Mas a fragmentação continua a ser bem clara.
Para os developers pode ser que se possa continuar a falar de fragmentação, mas para o consumidor final isso deixa de ser um problema pois tudo com que o utilizador interage no seu smartphone passa a ser actualizado através da Play Store e Play services.
EliminarBasta ver isso nas próprias apps da Google que fácilmente são actualizadas para todos os Android de 2.2 para cima (que representam 99% de todos os aparelhos).
Quanto á fragmentação de APIs, convém mencionar quais são as funcionalidades integradas em cada API e se são assim tão significantes.
Porque se formos a ver os últimos números de utilizadores da Play Store, o Gingerbread finalmente caiu para os 30%, o ICS continua a cair e o JB já é quase metade dos utilizadores.
Aliais são eles próprios a evidenciar a fragmentação,vê-se logo por ex na aplicação no Gmail que só os utilizadores com Android >=4 é que vêm de facto as novas funcionalidades.
ResponderEliminarAssim como só terem lançado um "backport" da ActionBar no IO deste ano (abençoado ActionSherlock) é completamente inadmissível.
Isso é o rumo normal da informática, evolui-se e as versões mais recentes tem mais funcionalidades que as versões anteriores. Não aproveitar só porque as versões anteriores não suportam para mim é estupidez.
EliminarÉ o 16:9 e as televisões portuguesas, lá porque uma grande parte das televisões são 4:3 não quer dizer que toda a gente (mesmo os que tem televisões 16:9) sejam obrigado a ver num formato ultrapassado. Faz-me extrema confusão a SIC transmitir jogos em 4:3 que são gravados em 16:9...
Isso do 16:9 é daquelas coisas que devia haver multas há muito tempo por transmitirem conteudos em 4:3 quando já não se vendem TV's 4:3 há muito...
EliminarE quem faz um investimento e compra uma TV nova passa a ver imagem distorcida ou desperdicar uma boa parte do ecram, que num Plasma pode não ser saudavel. (E os logos dos cansie e barras em rodapé berrantes também sempre a comer imagem também é só para estragar ainda mais o pouco espaço útil destinado ao video)
https://www.youtube.com/watch?v=H9HH0vqb4q8
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