2013/09/26
Investigadores criam primeiro CPU de Nanotubos de Carbono
Comparado com os milhares de milhões de transístores que podemos encontrar em chips actuais, os 178 transístores deste CPU poderão parecer insignificantes. No entanto, é o primeiro CPU funcional feito inteiramente com nanotubos de carbono, e as suas implicações para o futuro são extraordinárias.
Os chips actuais são feitos em silício, e a quantidade de transístores que se consegue colocar lá dentro tem duplicado a cada dois anos (a famosa lei de Moore). Já por várias vezes se pensou estar a chegar próximo do limite do que é possível fazer-se, mas a indústria lá vai encontrando soluções e miniaturizando os transístores cada vez mais. Mas é inevitável que mais cedo ou mais tarde se chegue a um ponto onde o actual sistema de fabrico deixe de poder evoluir.
Os nanotubos de carbono são diferentes, de tamanho muito mais reduzido que os transístores mais pequenos existentes em sílicio; e podendo funcionar de forma muito mais rápida e sem gerar tanto calor. O problema é que são extremamente difíceis de criar.
Os investigadores arranjaram formas de resolver os problemas mais comuns na criação de um chips de nanotubos, como os que ficam permanentemente ligados ou a fazer ligações cruzadas; e deram assim o primeiro passo em direcção a uma era onde tudo aquilo que conhecemos dos chips... é ainda desconhecido. Estão a imaginar o que será ter CPUs milhares de vezes mais potentes que os actuais, que gastam tão pouco que a autonomia deixa de ser um problema, e que caibam num espaço ridiculamente reduzido sem necessitarem de dissipadores?
Infelizmente, estes sonhos não estão ainda "ao fim do túnel". Serão necessários ainda muitos anos de investigação, dando pequenos passos, até que esta tecnologia se possa tornar verdadeiramente competitiva face à actual (e a outras que também estão a ser investigadas e desenvolvidas como alternativa aos métodos actuais).
Por agora este CPU tem um número reduzido de instruções e para pouco mais servirá do que servir de exemplo do que pode ser feito. Mas temos que nos lembrar que também os chips de silício tiveram origens bem modestas: o primeiro CPU Intel de 8 bits (o 8008) tinha apenas 3500 transístores... em 1972.
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