2019/12/16

Porsche Taycan levou "penalização" no cálculo de autonomia nos EUA


Parece estar encontrada a explicação para a autonomia reduzida atribuída ao Porsche Taycan nos EUA, que ficou bem aquém da que é anunciada pela marca e considerada pelas entidades Europeias.

Nos EUA o Taycan viu ser-lhe atribuída uma autonomia de apenas 323 km, muito abaixo dos 450 km anunciados pela Porsche. Mesmo tendo em conta que o ciclo EPA é habitualmente mais penalizador para a autonomia do que o WLTP usado na Europa, a discrepância era demasiado grande - e bastaria olhar para as autonomia de outros veículos para o comprovar. Mas, agora surge a explicação mais provável.

A EPA tem vários métodos para o cálculo da autonomia dos veículos. O mais exaustivo consiste em fazer medições em 5 ciclos, que incluem condução em auto-estrada, cidade, e depois em ambientes mais extremos, como frio intenso, calor intenso, etc. para averiguar o real valor da autonomia em condições reais e não apenas nas condições ideais. Em alternativa, a EPA dá aos fabricantes a possibilidade de fazer apenas os ciclos menos agressivos de condução em cidade e auto-estrada, mas depois aplicando um factor de penalização de 0.7x para salvaguardar as expectativas dos consumidores.

Ora, parece ter sido esta a opção da Porsche, fazendo com que a sua autonomia anunciada de 450 km caísse para os 323 km atribuídos pela EPA.

... Fica no ar a pergunta sobre o motivo pela qual a Porsche não terá querido sujeitar o Taycan aos testes mais abusivos que, potencialmente, lhe permitiriam ter mantido uma autonomia mais correcta.

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