A Amazon enfrenta críticas na Europa, por vender kits que aceleram as bicicletas eléctricas para além dos limites legais.
Qualquer utilizador regular de bicicletas eléctricas inevitavelmente dará por si a pensar "não seria mau se isto andasse um pouco mais depressa". Algo fácil de entender quando se considera que em muitos casos as bicicletas eléctricas europeias se encontram limitadas a uma velocidade máxima de 25 km/h, velocidade muito inferior à que a maioria dos ciclistas conseguirá atingir numa bicicleta não eléctrica.
Em resultado disso, proliferam os sistemas concebidos para acelerar estas bicicletas. Uns passam pela reprogramação do sistema, outros passam por enganar os sensores de velocidade para a bicicleta pensar que está a circular mais devagar do que na realidade. E o facto de estar facilmente acessíveis em lojas online como a Amazon está agora a fazer com que várias entidades acusem a Amazon de estar a promover ilegalidades (apesar dos produtos quase sempre indicarem que é da responsabilidade dos clientes verificarem se é legal a aplicação do kit no seu país, como forma de se descartarem dessa responsabilidade).
A questão é que, se se quiser seguir por este caminho, então não se poderá parar apenas nas bicicletas. Olhe-se para o que acontece nos automóveis, onde também não faltam sistemas que aumentam substancialmente a potência dos motores - especialmente em países em que a taxação está indexada à potência (como na Alemanha) - e inevitavelmente provocando mais emissões poluentes; ou até noutros tipos de alterações, como a remoção dos filtros de partículas ou desactivação das válvulas de recirculação de gases, com impacto bem mais nocivo para o ambiente do que permitir que uma bicicleta eléctrica possa circular a mais alguns km/h.
Tenho quase a certeza de que tudo o que referiste no último parágrafo está regularizado e é proibido ou requer atualizar o registo do veiculo.
ResponderEliminarO problema das "bicicletas" elétricas é que estão bem mais perto de ser uma mota do que uma bicicleta. Deveriam ser tratadas como motas. Assim retirava o limite (realmente ridículo) de 25km/h e via-se menos estupidez nas estradas. Onde vivo essas "bicicletas" proliferam e é uma ocorrência diária vê-las a fazer coisas completamente ridículas e inseguras.