Os dias de usar o Strava como plataforma de centralização e distribuição de acesso a dados de actividade física chegaram ao fim.
O Strava é uma das mais populares apps de tracking de actividade física, usada por corredores, ciclistas e entusiastas de actividades ao ar livre. Parte desse sucesso deve-se ao facto da app contar com uma alargada gama de dispositivos, e de facilitar o acesso a essa informação por parte de outra apps e serviços. Mas isso vai mudar, com a restrição do uso da sua API, que passa a proibir: a exibição de dados de atividade em plataformas externas, o uso de dados para modelos AI, e também proibindo que app "repliquem" o design da sua app.
Regras que são tão amplas que basicamente ditam o fim de praticamente todas as apps e serviços que lhe davam uso - fazendo relembrar o mesmo tipo de restrições que o Twitter fez e que levou à morte de todo o tipo de clientes não oficiais do serviço.
O Strava justifica estas alterações com o objectivo de proteger a privacidade dos utilizadores e evitar a exposição involuntária de dados, referindo casos anteriores em que informações de fitness revelaram locais sensíveis, como instalações militares, e diz que irão afectar "menos de 0.1%" das apps. Um número em que ninguém acredita, já que são tão abrangentes que, levadas à letra, impossibilitam que existam plataformas em que simplesmente se mostrem tempos para se comparar um determinado percurso com um grupo de amigos.
Adicionalmente, não ajudará que o Strava esteja a proibir todo e qualquer tipo de discussão sobre estas alterações nos seus fóruns, fazendo com que nem sequer seja possível fazer perguntas "sérias" para procurar alguns esclarecimentos.
Veremos que tal esta decisão irá afectar o futuro do Strava a médio e longo prazo, e se não acabará por se tornar no início do fim da sua popularidade.
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