Airbus lança correcção de emergência para o A320

A Airbus foi forçada a lançar uma correcção de emergência depois de um bug quase causar um acidente num A320.

A Airbus está a aplicar uma correcção de emergência para cerca de 6.000 aviões da família A320, depois de ter sido descoberto que radiação solar intensa pode corromper dados críticos no funcionamento dos controlos de voo, levando ao atraso e cancelamento de voos em todo o mundo. A fabricante confirmou a medida após investigar um incidente recente em pleno voo.

O caso que desencadeou o alerta foi um voo da JetBlue a 30 de Outubro, entre Cancún e Newark, onde o A320 perdeu altitude de forma súbita, tendo selecionado um modo de voo indevido. Tudo indica que o caso tenha sido devido a interferência causada pelos períodos de elevada actividade solar, revelando uma vulnerabilidade rara, mas grave, no sistema de controlo da aeronave.

With the great L104 → L103+ downgrade now rolled out on almost the entire worldwide A320 family fleet, we’ve officially said goodbye to two very nice improvements that L104 had introduced.

1️⃣ Pitch Attitude Limitation in Alternate Law (PALAL)
This was a clever little feature:… https://t.co/Dgr2j2oQ2B pic.twitter.com/CFLH3d6exB

— Arjun Singh (@chainsawrocks) November 29, 2025

The software update is carried out using a PDL, Portable Data Loader.

The actual update is being carried out in this photo.

The entire process takes about 15 mins. https://t.co/vFKnVchx48 pic.twitter.com/boGgB7aCH7

— The Joker (@trend_nosig) November 29, 2025

Normalmente, fala-se frequentemente do efeito que a radiação solar pode ter nos dispositivos electrónicos em órbita (como satélites), e que levam a que seja necessário hardware mais robusto feito especificamente para resistir a essas condições. Este caso vem demonstrar que, embora em muito menor grau, esse efeito também se pode fazer sentir dentro da nossa atmosfera.

Os aviões já deveriam estar protegidos contra iso, devido à redundância de sistemas, mas neste caso uma actualização recente parece ter deixado a aeronave exposta a um este risco, em que um pequena corrupção de dados tivesse efeito imediato nos controlos, em vez de ficar sujeita a validação/confirmação pelos sistema redundantes.

Por agora a "correcção" limita-se a ser reverter para a versão anterior, que leva à perda de algumas novas funcionalidades que tinham sido adicionadas, mas que certamente serão reimplementadas pela Airbus com as protecções adicionais.