Já todos sabemos que não há smartphone no mercado - por mais avançado e evoluído que seja - que não receba a mesma crítica que todos os outros: que devia ter mais autonomia! E agora, parece que em breve poderemos ter boas notícias quanto a isso.
Até ao momento, com a tecnologia das baterias a não ter avanços significativos nas últimas décadas (séculos?), todas as atenções se têm centrado no outro lado da questão: a de criar os chips electrónicos mais poupados e eficientes que permitam gastar menos energia. E se isso tem acontecido na parte dos CPUs, memórias e GPUs, há toda uma outra secção existente no intererior dos nossos smartphones que não tem tido igual evolução: a dos amplificadores de potência.
Estes chips continuam a ser altamente ineficientes, e podem verificar isso através da temperatura que o vosso smartphone atinge quando o usam para fazer streaming usando a rede celular, por exemplo.
Estes amplificadores de potência têm dois modos de funcionamento: ou estão ligados (e a gastar energia), ou em standby (a poupar energia). O problema é que a transição entre estes modos origina "ruído" eléctrico que interfere com a sua operação, pelo que a técnica que é utilizada consiste em fazer com que mesmo em standby eles continuem a gastar bastante energia - de forma a que a transição para o modo de potência total seja menos abrupta.
Mas um nova empresa, formada por investigadores do MIT, diz ter resolvido este problema. O seu método permite que estes chips amplificadores de potência possam gastar metade da energia; graças a um sistema que permite alimentá-los apenas com a energia mais baixa estritamente necessária... e que pode ser ajustada dinamicamente 20 milhões de vezes por segundo!
E uma vez que estes chips estão sempre activos, mesmo quando se trata apenas de receber dados (pois têm que enviar pacotes de confirmação de que tudo chegou bem), os potenciais para poupanças de energia nos equipamentos mobile são significativos.
Para já, a empresa vai começar por atacar o mercado pelo lado dos operadores, nas células emissoras, e onde estes amplificadores são actualmente responsáveis por 67% dos gastos em energia, a que se somam 11% dos gastos relativos ao ar-condicionado necessário para manter tudo numa temperatura aceitável, representando um total bem significativo de 78% dos gastos totais. Com esta nova tecnologia, estima-se que o consumo total possa passar para metade!
Posso imaginar a quantidade de operadores que esteja a salivar perante a perspectiva de reduzir em metade os seus custos de energia!
Mas, se em 2013 isto poderá começar pelo lado dos operadores, os mesmos investigadores esperam que a mesma tecnologia possa chegar a todos os equipamentos mobile, aplicando o mesmo conceito aos chips usados pelos fabricantes de telemóveis e smartphones.
Embora neste caso duvide que as diferenças permitam o dobro da autonomia (num smartphone os maiores consumos estão a cargo do CPU/GPU/ecrã), sem dúvida que já notaram a autonomia a decrescer quando abusam das comunicações 3G/4G (e até WiFi)... e nesse aspecto, sem dúvida que todas as poupanças serão bem vindas.
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