2017/01/25
Google removeu 1.7 mil milhões de anúncios indesejados em 2016
A Google depende da sua rede de distribuição de publicidade para ganhar muitos milhares de milhões de dólares, mas isso não impede que tenha também que remover muitos anúncios indesejados, que vão desde esquemas fraudulentos a medicamentos não aprovados, e claro... malware.
E quanto dizemos muitos, são muitos mesmo: só em 2016 foram removidos 1.7 mil milhões de anúncios indesejados detectados pela Google, o que representa um aumento substancial face aos 780 milhões removidos no ano anterior.
O aumento é fácil de explicar, pois é relativamente fácil (e atractivo) recorrer a uma rede que facilmente chega a milhares de milhões de pessoas, para atingir um maior número de "vítimas" que permitam obter um lucro fácil. Houve milhões de anúncios removidos referentes a empréstimos abusivos, jogo ilegal, publicidade enganosa ou chocante, medicamentos não aprovados; mas talvez mais interessante seja o aumento que houve nos anúncios "trick-to-click", que tentam conseguir um clique do utilizador apresentando mensagens de erro - foram mais de 110 milhões, representando um aumento de 6x face ao ano anterior!
Outros anúncios recorrem a tácticas alternativas, adoptando o aspecto de notícias sensacionalistas aproveitando os últimos temas do momento, mas que redireccionam o utilizador para sites com malware ou de venda de produtos duvidosos; e há ainda aqueles que, nos smartphones, podem tentar instalar automaticamente uma app.
É uma verdadeira caça do "gato e do rato", onde haverá sempre quem esteja a encontrar formas de ultrapassar os sistemas automatizados de verificação dos anúncios da Google para espalhar publicidade indesejada. Do lado dos utilizadores, a solução pode ser mais simples - embora certamente não agrade à Google - bastando utilizar um ad-blocker (e, quando muito, dizerem que aceitam publicidade num ou noutro site que desejem apoiar por essa via. ;)
A web, tal como a conhecemos, ainda é demasiado frágil.
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