A Sonos está a ser acusada de violar as suas próprias promessas de sustentabilidade, graças ao seu "modo reciclagem" que inutiliza colunas sem qualquer problema de hardware.
Embora no seu site a Sonos diga não olhar a meios para promover a sustentabilidade, tudo isso é posto em causa pela sua política de inutilização absurda de equipamentos. Para fomentar a compra de novos produtos a Sonos disponibiliza um "modo reciclagem" para quem os quiser trocar por um novo com desconto - mas tudo o que esse modo faz é mudar uma configuração na coluna para que ela deixe de poder funcionar, permanentemente.
Sonos states on their website that "sustainability is non-negotiable," and that they design products to minimize impact, but I work at an e-waste recycler and have demonstrable proof this is false.— ralph waldo cybersyn (@atomicthumbs) December 27, 2019
Sonos's "recycle mode" intentionally bricks good devices so they can't be reused. pic.twitter.com/VJDNhYOxRy
Ou seja, temos uma empresa que se diz preocupar com a sustentabilidade, mas que depois não tem problemas em inutilizar produtos perfeitamente funcionais, que poderiam continua a funcionar durante anos ou serem reaproveitados, recondicionados ou revendidos. Ainda por cima, o sistema está feito de forma a ser permanente e irreversível, pelo que até mesmo clientes que por qualquer motivo activem o modo reciclagem não terão qualquer forma oficial de recuperar o acesso às suas colunas (algo que pode ser feito de forma não oficial através de "hacking").
Numa altura em que se fala de começar a criar legislação para combater a obsolescência programada, talvez fosse também de considerar a proibição de sistemas que inutilizem irreversivelmente equipamentos funcionais por estes meios.
Actualização: Em resultado da polémica gerada, a Sonos vai abandonar esta prática.
Actualização 2: Afinal, parece que terá apenas encontrado outra forma (menos polémica) de atingir o mesmo propósito...
Vergonhoso... :(
ResponderEliminarPrimeiro o lucro é se não não der muito trabalho depois vem a sustentabilidade
ResponderEliminar