Os jogos de palavras da T-Mobile estão a dar origem a milhares de queixas entre os cliente que viram os seus tarifários com garantia de preço vitalício a aumentar.
Milhares de clientes da T-Mobile estão a acusar a gigante das telecomunicações de violar a sua promessa de manter preços "vitalícios" em determinados planos. Este ano, a T-Mobile aumentou as mensalidades nos seus planos em até $5 por mês, frustrando os clientes que confiaram na garantia de que esses preços se manteriam "para sempre". A FCC confirmou ter recebido mais de 2.000 reclamações a propósito disto, com alguns deles a dizerem "se ainda estou vivo, então porque é que a minha mensalidade 'vitalícia' está a aumentar?"
As queixas focam-se em planos originalmente comercializados com garantias de preços vitalícios, especialmente os planos para seniores com mais de 55 anos - embora todas as faixas etárias tenham sido afectadas. Os clientes estão a desafiar as explicações da T-Mobile de que a promessa de evitar aumentos de preço incluía uma cláusula que permitia à T-Mobile aumentar os preços, desde que se oferecesse para cobrir a última factura mensal se o cliente decidisse rescindir o contrato. Muitos clientes consideram que esta cláusula não era clara e foi enganosa, especialmente porque a T-Mobile repetidamente destacou o seu compromisso de "ganhar clientes para a vida". De outro modo, isto significaria também que as operadoras teriam carta branca para fazer todo o tipo de promessas enganosas, prometendo uma coisa mas depois incluindo cláusulas que invalidam essas promessas.
No passado, os rivais da T-Mobile foram multados por violações semelhantes, o que gerou apelos por uma aplicação mais rigorosa das regras. Para agravar a situação, a fusão de 2020 da T-Mobile com a Sprint está a ser mencionada nestas queixas, com muitos clientes a referirem que a falta de concorrência também vem facilitar estas práticas abusivas.
Alguns clientes lesados iniciaram uma acção colectiva contra a T-Mobile, procurando uma compensação pela alegada quebra de contrato. Em resposta, a T-Mobile diz que os clientes deveriam ler as "letras pequenas" nos seus contratos. Parece que caberá aos tribunais decidir se são as empresas de telecomunicações ou os clientes a ter razão.
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