O serviço Direct to Cell da rede Starlink estreia-se na Europa, mais concretamente na Ucrânia.
A Kyivstar, o maior operador móvel da Ucrânia, lançou oficialmente o serviço Direct to Cell da Starlink - fazendo da Ucrânia o primeiro país europeu a adoptar esta tecnologia. O serviço, disponibilizado sem custos adicionais, utiliza a constelação de satélites da SpaceX para garantir conectividade básica quando a infraestrutura móvel tradicional falha ou está inacessível, algo que assume importância adicional num país que continua assolado pela guerra e onde a infraestrutura terrestre está em risco permanente.
Logo no dia de lançamento foram registados 200.000 clientes ligados ao serviço Direct to Cell, e enviados mais de 16.000 SMS. O objectivo é manter as pessoas ligadas durante apagões prolongados, em zonas próximas da linha da frente, e em territórios libertados onde as torres móveis estão danificadas ou em reconstrução. O serviço também será crucial para equipas de emergência e missões humanitárias.
A cobertura abrange grande parte da Ucrânia, mas exclui áreas ocupadas, regiões fronteiriças e zonas de combate activo. Para já, só funciona em smartphones Android com suporte 4G, mas a integração com iOS está prevista em breve. Este lançamento reforça a parceria entre a Kyivstar e a Starlink, com o objectivo de aumentar a robustez das comunicações do país.
A empresa-mãe, VEON, prepara ainda a expansão do serviço noutros países. A Beeline Kazakhstan já assinou um acordo para lançar o Starlink Direct to Cell, enquanto operadores como a Virgin Media O2 no Reino Unido e a Salt na Suíça estão a testar ou avaliar a tecnologia. Neste momento, parece ser apenas uma questão de tempo até que a maioria dos operadores se juntem a este grupo, ou ofereçam um serviço equivalente numa rede concorrente (sendo que, neste momento, a Starlink vai com grande vantagem devido ao número de satélites já em órbita e à sua alucinante cadência de lançamentos).

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