A extensão Honey, detida pela PayPal, continua envolvida em polémica, com novos relatos a levantar sérias dúvidas sobre a forma como lida com dados dos utilizadores. Depois de já ter perdido milhões de utilizadores no Google Chrome, um novo vídeo volta a acusar a Honey de práticas pouco transparentes, tanto em relação a criadores de conteúdos como a consumidores e pequenos negócios.
Há cerca de um ano, a extensão foi acusada de desviar códigos de afiliados, retirando receitas a criadores e influenciadores. Ao mesmo tempo, descobriu-se que a extensão escondia cupões que não beneficiavam os seus parceiros comerciais. O impacto foi imediato: só no Chrome, a extensão perdeu cerca de 7 milhões de utilizadores, levando inclusivamente a Google a alterar políticas para travar este tipo de comportamento, o que forçou a Honey a fazer ajustes.
Agora, uma nova investigação aponta para problemas adicionais, como a recolha excessiva de dados pessoais. Segundo análises independentes, a Honey estaria a recolher muito mais do que simples dados de compras, incluindo timestamps, localização, URLs visitados e hábitos de navegação detalhados, tudo associado a identificadores únicos. Em alguns casos, foi possível reconstruir grande parte da actividade online de um utilizador ao longo de meses - e isso inclui pessoas que nunca chegaram a criar uma conta no serviço, limitando-se a instalar a extensão.
Apesar de a Honey assegurar na sua política de privacidade que não vende dados pessoais, admite partilhá-los com parceiros e prestadores de serviços, incluindo - obviamente - o PayPal. Entretanto, a perda de utilizadores continua: depois de ter atingido mais de 22 milhões em 2024, a extensão aproxima-se agora de metade desse valor, com 13 milhões de utilizadores no Chrome. Número que provavelmente se irá reduzir ainda mais após este novo "lembrete" das suas práticas duvidosas.
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