Longe vão os tempos em que para se obter um melhor desempenho nos PCs se tinha que recorrer a vários discos montados em sistema RAID 0. Hoje em dia os SSD mudaram por completo a noção de velocidade dos discos (embora seja possível montá-los também em RAID 0, se assim o desejarem).
Se em tempos a compra de um SSD era algo ao alcance de muito poucos, hoje em dia, já é possível obter um SSD de 120GB de topo por menos de 100€. Sendo este um equipamento que passou a fazer parte de muitas configurações de PCs e portáteis lá de casa, resolvemos testar o que de melhor existe no mercado.
Começamos pelo Kingston Hyper X 3K, que já viu por cá passar o seu irmão mais velho, o Hyper X, decorria então o ano de 2011. Como será que evolui a tecnologia nestes quase 2 anos que entretanto passaram?
O Hyper X 3K continua a ser disponibilizado com um kit de upgrade. Existe ainda a possibilidade de comprar apenas o disco SSD.
Na traseira da caixa temos a apresentação do seu conteúdo. No seu interior, uma caixa de espuma que aloja o SSD. Na traseira desta, o adaptador de 2.5 para 3.5". Retirando a secção de espuma, podemos aceder à chave de parafusos, cabo SATA, caixa USB e respectivo cabo.
O Hyper X tem uma caixa muito bem apresentada, com inscrição ( em X ) a simular metal, onde encontramos o logo gravado. O modelo testado tem 240GB. Existem ainda versões de 90, 120 e 480GB.
O controlador SandForce SF-2281 é o mesmo que equipava o modelo original. Utiliza memórias flash Intel MLC de 25nm. A principal diferença está no número de ciclos completos de escrita que estes chips prevêem suportar, 3000 contra os 5000 do modelo original. Esta diferença não deve contudo ser preocupante para a grande maioria dos utilizadores. O site AnandTech apresentou uns cálculos rápidos feitos com base numa escrita diária de 10GB. Para um disco de 100GB, estes chips teriam uma vida esperada de 8 anos. Como vêem, podem dormir descansados.
A bateria de testes foi realizada num PC com Windows 8, gentilmente cedido pela Microsoft Portugal. O CPU i5 e memórias cedidos pela OSG já são vossos conhecidos. A board utilizada foi uma Gigabyte H77M-D3H.
Driver do controlador SATA
Software utilizado:
Resultados obtidos para ASSD, ATTO, CrystalDiskMark e HDTune, por esta ordem.
Hyper X 3K
Hyper X
Os resultados obtidos com o modelo Hyper X 3K superam o seu irmão mais velho. Há uma franca melhoria nos resultados obtidos para o modo de gravação, que chegam a passar de 230 para 330MB/s. Todos os testes reflectem este facto.
É de salientar que no caso do ATTO, o Hyper X 3K conseguiu igualar os resultados anunciados pela marca.
Apreciação Final
Há uma clara evolução no que respeita aos resultados obtidos com o modelo original. No entanto, os valores obtidos em modo escrita ficam aquém do que seria de esperar para um modelo que se tem de bater com os pesos pesados da concorrência. O controlador SandForce SF-2281 já acusa o peso da idade, necessita de ser substituído por uma versão com melhor desempenho. Não quero com isto dizer que as prestações do Hyper X 3K sejam decepcionantes, apenas poderiam ser melhores.
A alteração das memórias para chips com "apenas" 3000 ciclos de escrita não é particularmente preocupante, e o suporte para a função TRIM faz com que seja possível manter um bom desempenho mesmo após situações de utilização intensiva.
O conjunto é equilibrado, pelo que se constitui numa boa aquisição, principalmente para quem tenha de fazer uma actualização, onde a caixa USB se pode revelar uma mais valia.
O Hyper X 3K, tem um preço próximo dos 180€ e de apenas mais 10€ para a versão "kit" com caixa externa USB (que se torna na opção recomendada face ao diferencial de preço reduzido).
Prós:
- Desempenho em modo leitura
- Melhoria de resultados face ao modelo original
- Apresentação de luxo
Contras:
- Pouco competitivo face a modelos com controladores mais recentes
- Chips com 3000 ciclos de escrita
- Caixa externa 2.5" USB 2.0 (devia ter USB 3.0)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarÉ interessante, mas acho que é caro para aquilo que oferce. O Samsung 840 Evo usa TLC (mais fiável) e tem velocidades de leitura e escrita superiores... e em preço. é mais barato :)
ResponderEliminarUm produto ser "bom" não impede que haja outros melhores. :)
EliminarIsto é... espera pelas próximas reviews do Luis. :)
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
EliminarIsso de ser melhor, tem muito que se lhe diga.
EliminarEu gosto de comparar resultados obtidos com recurso ao mesmo hardware.
Realtivamente ao TLC, sim, tem uns truques novos, mas também tem um limite de ciclos de escrita entre 1000 e 3000 (fonte Anandtech).