As medidas de privacidade da Apple estão a ser investigadas na Alemanha, não por não protegerem os utilizadores, mas sim pela Apple não as aplicar às suas próprias apps.
A Apple assume-se como grande defensora da privacidade dos utilizadores, não perdendo oportunidade para mandar umas "indirectas" à Google e ao Android, e uma das formas como o faz é com o seu ATT (App Tracking Transparency). Este sistema atribui um identificador pseudo-anónimo a cada utilizador, que pode ser usado para tracking e seguindo uma série de regras definidas pela Apple, mas apenas se o utilizador der permissão para isso.
O sistema em si não é posto em causa pelo regulador alemão (Bundeskartellamt), sendo que o que está em causa é que a Apple não aplica as mesmas regras às suas próprias apps. E, apesar da maioria das apps da Google não apresentar publicidade, o regulador acha que isto pode dar à Apple vantagens adicionais sobre apps concorrentes, em termos de recolha e potencial partilha de dados, sem que os utilizadores vejam qualquer popup com pedido de permissão para tal - como acontece nas outras apps.
Apenas mais um dos casos com que a Apple tem que lidar na Europa, e que seguramente se irão multiplicar ao longo dos próximos meses, em antecipação às exigências da abertura da plataforma a outras app stores, interoperação dos serviços de mensagens, e tudo o mais.
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