2020/05/19
FBI "irritado" por Apple não ter ajudado a desbloquear iPhone de terrorista
O FBI voltou à carga contra a posição da Apple de não implementar formas de facilitar o acesso aos dados encriptados nos iPhones, mandando diversas "indirectas" depois de ter conseguido desbloquear o acesso à informação no iPhone de um terrorista.
A Apple e o FBI têm tido uma relação nem sempre nos termos que a agência de investigação dos EUA gostaria de ter, desde o mediático caso em que a Apple recorreu aos tribunais para lutar contra a exigência do FBI para que criasse um backdoor para aceder aos dados de um iPhone bloqueado. Um confronto que ficou adiado quanto o FBI disse que iria recorrer a técnicas alternativas para desbloquear o iPhone sem a ajuda da Apple.
Desta vez o caso é referente ao de um atirador que matou várias pessoas numa base em Pensacola em Dezembro passado, e cujo iPhone só foi desbloqueado pelo FBI ao fim de vários meses de trabalho, e aparentemente revelando informação que confirma associações do atirador à al-Aqueda. Uma situação que o FBI está agora a explorar, "queixando-se" de todo o tempo e dinheiro gasto à custa dos contribuintes norte-americanos, para conseguir algo que a Apple tem "teimosamente" recusado em ajudar.
Só que a Apple continua a referir que, em primeiro lugar, e por muito que o FBI insista, não há forma de implementar um backdoor que só funcione para os "bons da fita". Já que qualquer sistema que reduzisse a segurança poderia ser, e acabaria inevitavelmente por ser, aproveitado pelos "maus da fita". Em segundo lugar, relembra também que a Apple já assiste as investigações das autoridades de todas as formas possíveis, incluindo fornecendo os backups dos iPhones na iCloud - que tem mantido sem encriptação já como favor especial ao FBI. E claro, temos ainda aqueles que consideram que tudo isto não passa de teatro, e que a Apple tem facilitado o acesso aos iPhones mas em cooperação com o FBI, tenta fazer passar a imagem que não, para que os criminosos continuem a usar iPhones.
Enfim... há vertentes para todos os gostos. Mas uma coisa é certa... quem estiver interessado em planear ataques terroristas secretos, terá muitas ferramentas à disposição para o fazer, e garantidamente não irá acreditar na palavras de uma empresa norte-americana de que "está tudo bem".
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