2012/03/03

Os Conteúdos e as Licenças


Para quem se preocupa com as questões dos conteúdos digitais, e das constantes e crescentes imposições que inúmeros interesses insistem em nos obrigar a aceitar, eis um excelente artigo que aborda este assunto.

Um artigo que nos relembra que muitas companhias estão cada vez mais interessadas em aplicar o conceito das telecomunicações e da TV à Internet - onde se comece a pagar por cada minuto/megabyte/site visitado; onde um YouTube tenha um custo extra face a sites menos populares, tal como se fosse um canal premium.

Que nos faz repensar porque motivo estamos a embarcar num mundo de conveniência digital, com músicas, filmes e livros digitais; mas que ao contrários dos seus congéneres físicos, acabam por nunca ser nossos - não os podemos revender, ou sequer oferecer a outras pessoas.

São questões que por agora poderão parecer não merecer o nosso interesse, mas que inevitavelmente irão chegar a um ponto de ruptura...

Imaginem que um certo dia, daqui por 10, 20 ou 50 anos, a Apple ou o Google deixam de existir, e que com eles desaparecem os serviços de suporte ao iOS e Android... e que todas as Apps e conteúdos se vão?...
Será mesmo que podemos arriscar apostar numa qualquer plataforma única e/ou fechada?

Daí que me agrade a proposta da Mozilla de usar a própria web como plataforma. Ainda hoje poderemos visitar um site feito em 1980... e certamente o mesmo continuará a ser verdade em 2050, ou 2100. Será que poderemos dizer o mesmo para todos os conteúdos e Apps que tivermos nos nossos smartphones actualmente?

5 comentários:

  1. Anónimo3/3/12 20:26

    Finalmente alguém expõe de uma forma mais eloquente e exemplificativa aquilo que venho a dizer já há algum tempo.

    Estamos a caminhar para o mundo digital e da "cloud" e não estamos a ver que estamos a caminhar para uma série de armadilhas que nos estão a preparar.

    Já não falta muito para termos tudo online e tivermos de pagar não só pelos conteúdos como também pela largura de banda e tráfego necessários para lhes aceder.

    Mas enfim, parece ser o que a maioria das pessoas quer.

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  2. Achei muito interessante o facto de te referires a Android e não a outros completamente proprietários tal como uma certa companhia que não merece ver o nome referido. Aliás, essa tal companhia já por diversas vezes tem deixado os seus clientes na mão mesmo tratando-se de serviços pagos como, já que vem para o caso, por exemplo o que fez com a Danger/Sidekick!
    Sinceramente,não percebo a inclusão de Android já que como eu, tu e imensa gente por aí espalhada sabemos perfeitamente que daí não será de esperar grande problema já que se tornaria extremamente fácil um fork e as aplicações mudarem de pouso de um dia para o outro. Claro que com tecnologias proprietárias e fechadas uma vez lá é até "que a morte nos separe". Ou o divórcio...

    Quanto ao assunto de tudo-na-cloud ou algo no género isso também me faz alguma impressão e não é necessário ir muito longe quando vemos o que se passa com alguns dos provedores deste tipo de serviços - ainda recentemente uma certa coisa desse tipo, que ainda por cima se auto-proclama como a superfantabulástica tecnologia desse segmento, encravou os seus bem-pagantes clientes durante doze horas devido ao mais estúpido dos erros e atente-se bem que 12 horas para quem promete 99,9% de uptime vai demorar muitas décadas para restabelecer. E note-se que não é a primeira vez e certamente não será a última tratando-se de quem se trata. Mas não são só eles não...
    Em resumo, entregar tudo ao vento clama por tempestades. No meio estará a virtude, penso eu de que...

    Quanto à B2G, não passa de uma aproximação idêntica à da Google com a louvável intenção de ser mais livre do que esta última. Como é óbvio salvaguarde-se a diferença entre os respectivos "motores"...

    @braço.

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  3. Ah!, esqueci-me de mencionar que gostaria muito de ver uma aproximação do género destas duas, ChromiumOS e B2G, a apostar numa filosofia de local/cloud, cujas aplicações/serviços agilmente sincronizassem nos momentos devidos com total transparência para os clientes/envolvidos - uma coisa do tipo unhosted/owncloud...

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  4. no dia que isso acontecer desligo tudo.... telemóveis tv cabo e internet....eu e muitos amigos da faculdade já disseram que estavam dispostos a isso. fica-se so com os 4 canais e radio.

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  5. no dia que isso acontecer serei dos 1º a desligar todos os sistemas de internet e tv cabo de cá de casa

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