Já muitas vez aqui falei da necessidade de se começar a pensar nas implicações que a escolha de uma plataforma representa: ao se comprarem conteúdos e Apps que estejam "presas" a uma única plataforma... que esperança podemos ter de, daqui por meses/anos/décadas possamos utilizar esses mesmos conteúdos pelos quais pagamos? Que garantias temos?
Pior ainda, a actual tendência é para que estas plataformas mobile estejam cada vez mais "fechadas" sobre si mesmo.
A EFF publicou uma lista de "direitos fundamentais dos donos de equipamentos mobile", com a qual concordo inteiramente, e que deveriam ser seguidos por todos os fabricantes:
- Instalação de qualquer programa no equipamento - e não estar sujeito às limitações ou restrições de uma "app store".
- Acesso ao sistema operativo com nível de administrador/root - dando liberdade total a cada cliente para que possa ver e modificar, a seu gosto, tudo aquilo que desejar.
- Possibilidade de até poder instalar um sistema operativo diferente - porque não ter a possibilidade de instalar Linux num iPhone, ou Android num Windows Phone, ou vice-versa?
- Garantias de hardware independentes do software - porque deverá uma marca recusar a garantia de um ecrã partido ou botão danificado, caso essa pessoa tenha decidido alterar o software a seu gosto?
São questões que certamente começarão a tomar cada vez mais peso na altura da decisão de um equipamento, à medida que o hardware vai ficando tão poderoso que se torna "irrelevante" (ter um quad-core ou um octa-core, ou ter uma câmara de 20MP ou 40MP... eventualmente, tudo se tornará "bom o suficiente" para tudo aquilo que se deseje fazer)... e nessa altura, serão precisamente as "liberdades" que temos que passarão para o centro das atenções.
Epá, o Steve Jobs não ia gostar nada de ler esta lista de recomendações... Aliás, nem se ia dar ao trabalho de a ler :)
ResponderEliminar