Hoje em dia poderá parecer antiquado o ritual de ir a uma livraria ou quiosque e esperar ansiosamente que uma determinada revista já tivesse chegado. Noutras décadas, em que a Internet era algo desconhecido da maioria, estas revistas eram uma das principais formas (ou melhor dizendo: a única) de nos mantermos informados sobre os últimos lançamentos, tecnologias, e novidades. PC World, Byte, e outras revistas do género eram guardadas criteriosamente na prateleira com uma reverência especial: um compêndio de conhecimento cuidadosamente acarinhado (embora inevitavelmente condenado à obsolescência a cada ano que passava.)
... Imagino que cara fariam os jovens de agora, ao lhes dizer que algumas destas revistas traziam páginas e páginas de código fonte original que os leitores transcreviam pacientemente para o seu computador na esperança de verem "algo" a funcionar. :)
Com a popularização dos tablets, muitas destas revistas ficaram entusiasmadas com a perspectiva de se tornarem "revistas digitais", mas penso que já está mais que demonstrado que não faz grande sentido tentar replicar algo que nasceu fruto das limitações/exigências do meio físico transpondo-o integralmente para um novo meio. Não faz grande sentido estar a criar "páginas" num tablet quando o conteúdo pode facilmente ser deslizado pelo utilizador. Aquilo que as "revistas digitais" deverão ser já existe... e chama-se web, sendo que depois temos apps que levam esse conceito um pouco mais longe, como o Flipboard, que permitem o consumo de conteúdos de forma visualmente mais apelativa...
A PC World impressa durou trinta anos... vamos lá ver quantos anos irá durar na sua versão web.
Um dia ainda teremos de explicar detalhadamente aos netos o que era isso de quiosques e edições impressas. Sobra-nos a nós a Nostalgia de ainda poder-mos ver sucintamente o conteúdo de algumas dessas "best-seler's" algures arrumadas num canto da casa... Confesso e concordo que a adaptação dessas revistas ao digital deve adaptar-se à web e não o contrário. As únicas "edições" que ainda escapam e tem alguma graça são os folhetos paginados das superfícies comercias que, ao contrário do resto, não gosto de aceder seja em PDF's, seja em outro modo semelhante. Talvez o facto de esses folhetos ainda permanecerem bem vivos e impressos à moda antiga explique esse gosto isolado também na versão digital!. :)
ResponderEliminarA Byte foi uma bíblia para mim. Grande revista.
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