2013/11/27
A morte da TV (como a conhecemos) está a chegar
Não é nada que nos surpreenda... e nem sequer os operadores de televisão poderão dizer o contrário uma vez que os sinais são evidentes ao longo dos últimos anos. A televisão, outrora líder indisputada da sala de estar e do nosso tempo livre, está em declínio - e não será necessários muitos anos para que ceda finalmente a sua liderança a outros meios.
Esta tendência tem-se feito notar nos EUA, mas com mais/menos anos de desfasamento, será algo que afectará todo o resto do mundo. A dependência da TV é cada vez menos, e há também cada vez mais pessoas a abandonarem as suas assinaturas de TV por cabo. Nos EUA esse número está prestes a descer da marca dos 40 milhões subscritores, tendo perdido quase 5 milhões ao longo dos últimos três anos.
Claro que por cá os nossos operadores já se precaveram contra tais eventualidades... com as "generosas" ofertas triple-play (e quad-play) em que englobam tudo no mesmo pacote, obrigando-nos a pagar também por aquilo que não queremos e que não usamos... (cara ZON, para quando um plano só de acesso à internet? Fiquem lá com os canais de TV e o telefone!)
Também temos que ter em conta que por cá não temos (ainda) serviços como o Netflix, que facilitariam esse abandono dos canais tradicionais de televisão... e que muitos dos conteúdos "livremente" disponíveis apenas o são para quem resida nas zonas geográficas "mágicas", das quais não fazemos parte. Mas a bem ou mal, acho (e espero) que os produtores de conteúdos se convencerão que mais vale disponibilizarem os seus produtos para todo o mundo... e as coisas lá começarão a mudar.
Mas então... se se vê cada vez menos televisão tradicional... onde andam as pessoas a gastar o tempo?
E a resposta é o vídeo mobile, e os sempre presentes tablets. Ter em conta que quando se fala de video mobile não significa obrigatoriamente que se estejam apenas a ver pequenos clips no YouTube, num pequeno ecrã claustrofóbico de um smartphone. Hoje em dia facilmente se envia um filme para a televisão da sala, via AirPlay, Chromecast, ou qualquer um dos muitos mediaplayers Android "em stick HDMI".
O ponto fundamental é que as pessoas querem ter total controlo sobre aquilo que vêem e quando e como o fazem, e isso é algo a que os operadores de TV não souberam dar resposta. Coisas como o Timewarp e restart TV permitem "disfarçar" ligeiramente, mas acabam também por mostrar aos utilizadores aquilo que eles sempre deveriam ter tido... mas que não era tecnicamente possível. Só que agora é possível, e por isso mesmo não se pode esperar que as pessoas continuem a aceitar estar "algemadas" a canais onde os horários quase nunca são cumpridos, a intervalos que utrapassam todos os limites do razoável, e programas de jeito que apenas dão a altas horas da madrugada enquanto em horário nobre se enchem os ecrãs com programas "de treta".
Eu, há anos que me despedi dos canais de televisão, e posso dizer que nunca senti a sua falta desde então. Pelo contrário, continuo a ficar horrorizado sempre que vejo as coisas enumeradas no parágrafo anterior!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
A aqui a onde eu moro (Brasil),a tv é usada para alienar o povo o tempo todo.A mídia golpista brasileira aproveita da ingenuidade das pessoas para "transmitir"inconsciêntemente padrões,esteriótipos e opniães a serem seguidos...
ResponderEliminarEu sinto falta do odisseia e discovery channel :(
ResponderEliminarconcordo, para mim deviam de ser os únicos canais na tv mais o canal história que ás vezes até dá algumas coisas engraçadas.
Eliminareu acho que o problema é que as pessoas tem cada vez menos tempo para se divertirem/desperdiçarem e por isso não tem tempo para ver 40 minutos de anúncios ou para ver o que alguém acha que devem ver.
ResponderEliminarPor isso é que coisas com netflix e movies online tem cada vez mais procura.
SE não derem as pessoas o que elas não querem TALVEZ elas não deixem de usar o serviços.
Havia uma máxima que todos usavam nas grandes empresas que era as pessoas não sabem o que querem, querem o que nós lhes dermos, mas agora as pessoas estão informadas conseguem aceder a todo o mundo e se cá não há ou é proibido ... talvez noutro pais não seja...