Depois de analisarem o asteróide que explodiu no início do ano na Rússia, perto da cidade de Chelyabinsk, e que foi o maior evento registado desde o incidente de Tunguska em 1908, os cientistas acreditam que o risco que estes pedregulhos gigantes representam para o nosso planeta pode ser dez vezes superior ao que se pensava.
O caso de Chelyabinsk torna-se interessante de analisar uma vez que a imensa quantidade de vídeos que registou o evento permitiu recriar o evento com uma precisão impressionante, ao melhor estilo de uma série "CSI". Vídeos de diferentes perspectivas e que foram referenciados uns com os outros permitiram traçar com precisão a rota do asteróide pela atmosfera. As gravações captadas pelas câmaras nos automóveis (nesse aspecto, ainda bem que aconteceu na Rússia, país que certamente tem a maior taxa de câmaras instaladas nos automóveis) permitiram também analisar o processo de deflagração, enquanto que as câmaras de interiores que apanharam janelas a partir permitiram analisar a força do impacto e assim avaliar a energia gerada pela explosão - que foi estimada em 500Kt de TNT!
O maior fragmento do asteróide foi recuperado o mês passado, pesando 600Kg, uma fracção das 12-13 mil toneladas que teria inicialmente antes de explodir na atmosfera.
... E enquanto isto, temos países no nosso planeta que preferem continuar a gastar biliões de dólares em armamento para brincarem às guerras uns com os outros, e não têm orçamento disponível para projectos que pretendem vigiar o céu em nosso redor para detectar (e até eventualmente desviar) estes assassinos silenciosos vindos do espaço, e que já terão sido responsáveis por algumas mega-extinções na história do nosso planeta.
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