Se noutros tempos as brincadeiras se resumiam a jogos de cartas, de tabuleiro, ou... ir para a rua brincar com os vizinhos; agora os mais pequenos crescem num mundo onde smartphones e tablets servem de janela para o mundo. Mas como em tudo... há que definir certas regras. E o FreeTime da Amazon para o Kindle é uma ferramenta que se pode tornar valiosa nesse aspecto.
O FreeTime da Amazon limita-se a transportar para os tablets algumas das regras que tradicionalmente eram geridas de forma manual: o tempo dedicado aos trabalhos de casa e estudo; e o tempo dedicado à brincadeira. Com este sistema é possível definir horários pré-definidos para os dias da semana e fins-de-semana, em que se estabelece quais os horários em que os pequenitos podem brincar com o tablet, e por quanto tempo. Mas a parte mais interessante é que é possível definir igualmente as metas de estudo - como por exemplo, passar 30 minutos a ler eBooks educativos, ou certos vídeos ou apps específicas - antes dos quais não será possível aceder à parte da "brincadeira".
É certo que o sistema por si só não fará milagres; e não haverá ninguém melhor que os pequenitos para arranjarem formas de manipular o sistema (já não me surpreendia que algum deles aprendesse a fazer root ao aparelho para o desbloquear e permitir o acesso a tudo que desejasse). Mas não deixam de ser ferramentas bem interessantes para quem queira - ou seja obrigado - a definir regras a cumprir.
A sério que fico bastante curioso para ver o que esta geração, habituada a ter toda a informação do mundo na ponta dos dedos desde que nasceu, será capaz de fazer daqui por uma ou duas décadas. No nosso tempo, os dedos davam apenas acesso a folhear as páginas amarelas para procurar números telefónicos das empresas que se desejava contactar... algo que parece completamente pré-histórico e anacrónico hoje em dia! (E também para pressionar com enorme precisão os botões de play/fastforward/rewind num leitor de cassetes para encontrar o jogo a carregar num ZX Spectrum, é certo.)
... Convém é não esquecer que com tanta informação facilmente disponível, continua a ser necessário - talvez mais do que nunca - seleccionar aquela que interessa, de tudo aquilo que não interessa. Embora até essa definição do que "interessa" e do que "não interessa" seja um desafio que cada um terá que enfrentar e redefinir continuamente, a cada dia que passa.
2013/12/10
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