Symantec declara a morte dos antivirus e define novo rumo para o futuro

Poderá parecer um pouco estranho ver uma empresa que tanto se dedicou ao anti-virus declarar a morte dos mesmos, mas é o que diz a Symantec após mais de duas décadas a tentar proteger os computadores dos virus informáticos.

É uma afirmação que não deverá ser retirada do contexto, pois as ameaças permanecem e a Symantec continua interessada em fazer com que os sistemas resistam aos ataques indesejadas. A questão é que muito mudou ao longo destas décadas, e a Symantec já não considera que o mercado dos "anti-vírus" com o qual possa ganhar dinheiro.

Um dos seus responsáveis diz que o objectivo dos antivirus é impedir que os hackers se infiltrem nos computadores dos clientes, mas que isso é uma tarefa impossível uma vez que - como se tem assistido - eles arranjam sempre forma de o fazer. Portanto, em vez de se concentrarem em impedir que os hackers entrem num sistema, passarão a assumir que eles conseguirão entrar e o novo objectivo sendo o de os detectar e de minimizar os estragos que eles possam fazer.

Há várias empresas que têm apostado em diferentes formas de contra-medidas digitais, que passam desde a disponibilização de dados falsos para enganar os hackers a sistemas de análise de padrões de tráfego para detectar actividade suspeita, e a Symantec quer entrar nessa guerra fornecendo ferramentas que permitam aos seus clientes saber o que se está a passar na sua rede, quem são os responsáveis e o que pretendem.

Embora o "corte" com os anti-virus não vá acontecer de um dia para o outro (os seus produtos ainda representam 40% dos seus rendimentos, embora estejam em declínio nos últimos anos), fica assim definida qual será a sua estratégia para o futuro.