Os smartphones actuais têm uma designação que não será propriamente a mais correcta, uma vez que não se tratam de telemóveis "mais espertos" mas sim de autênticos computadores de bolso - que por acaso também têm a capacidade de fazer chamadas telefónicas. Mesmo não sendo comparáveis, não deixa de ser interessante ver tudo aquilo que se ganhou, e perdeu, nas últimas décadas.
Não seria justo colocar no mesmo patamar um telemóvel da década de 90 com um smartphone actual. Um smartphone abre todo um novo mundo de possibilidades e funcionalidades que seriam impraticáveis há duas décadas atrás; mas ao mesmo tempo... houve também muitas coisas que mudaram para pior.
Na década de 90, os fabricantes competiam para nos trazer os telemóveis mais pequenos e com maior autonomia possível. Era impensável ter um telemóvel cuja bateria não desse para vários dias, havendo até modelos que podiam alegremente aguentar-se por 1 ou 2 semanas sem problemas de maior; hoje em dia... consideramos "normal" que um smartphone tenha que ser recarregado diariamente (ou até mais que uma vez por dia).
A nível da robustez, nem será necessário falar disso... um tombo num telemóvel antigo era algo que era encarado com naturalidade e poucas preocupações trazia, sendo necessário apenas apanhá-lo do chão e continuar como se nada fosse (nalguns, podia ser também o início da montagem de um mini-puzzle, caso a tampa e bateria saltassem fora.). Hoje em dia... um tombo é quase sempre sinónimo de um ecrã rachado e o desespero com a despesa daí resultante.
A escrita de mensagens é outro aspecto que melhorou... e piorou. Hoje em dia temos teclados dinâmicos, preditivos, swypable, e tudo o mais. Mas, ainda assim, coloquem o smartphone no bolso (se lá couber) e tentem escrever uma mensagem sem sequer olhar, como frequente acontecia por todos os que já dominavam a escrita usando o sistema T9 nas teclas físicas.
As actualizações de sistema e apps tornaram-se também numa praga diária com a qual aprendemos a conviver. Raro é o dia em que não nos surja um pedido para fazer uma actualização ou dar novas permissões. Num telemóvel antigo: "actualizações... mas quais actualizações?"
E por fim, a longevidade... tentem pegar num smartphone com 3 ou 4 anos, e terão um "tijolo" incapaz de fazer praticamente seja o que for, lento, e muito provavelmente já sem acesso às últimas apps. Peguem num telemóvel com 20 anos, e é quase garantido que continuará a funcionar tão bem hoje como no dia em que foi lançado. :)
Phonix... Tive um Nokia desses....
ResponderEliminarAcho que as vantagens que ganhamos obviamente compensam o que perdemos.
ResponderEliminarTenho um Nokia E72 desde 2010, a bateria dura e dura e dura.....
ResponderEliminarO meu primeiro telefone foi um ericsson .....em 1996! Pagava 6 contos de mensalidade com chamadas a 100 escudos por minuto. sms não era suportado pela rede e... pronto....
ResponderEliminarAs coisas evoluiram , mas tenho saudades do design apurado de antigamente, hoje vamos às lojas e metades dos telefone parecem todos iguais......
Tive esse Nokia "à la Matrix" - 400€ a preços actuais - (7110?)..., o primeiro que utilizei para ver os mails..., cof cof..., e dava para ver mesmo... :)
ResponderEliminarTenho aqui um Samsung Note 2 de um amigo, com o vidro partido..., caiu de 60cm de altura...
Comparando SÓ OS PLÁSTICOS (porque, tirando o facto de ambos fazerem chamadas e sms, a comparação acaba aí) evolução zero!
Nem vou falar da autonomia...
BFDS.
O cavalo também nunca ficava sem combustível. Em caso de necessidade comia umas ervinhas na berma da estrada e ala que se faz tarde. Deve ser por isso que o automóvel foi moda que nunca pegou...
ResponderEliminarAJM, tenho visto esse tipo de resposta noutros sites também, das duas uma, você tem um sério problema com os cavalos, ou aprendeu essa analogia em 1900 e troca o passo e agora não a larga. Haja paciência...
ResponderEliminarUma coisa é certa, os equipamentos antigos eram feitos para durar, seja impressoras, telemóveis ou outras coisas.
Actualmente é uma questão de lucro, vamos lá fazer equipamentos frágeis ou com limitações para termos sempre fonte de rendimento.
Exemplos:
HP - deixou aceitar determinados equipamentos para RMA, fica mais barato enviar logo uma nova e recomendar à loja que recicle a antiga.
Apple - Possibilidade dos utilizadores trocarem a bateria? Nãoooooo... há que enviar para o centro de assistência, ou preferencialmente, comprar outro.
E por aí adiante...
Se for acampar, prefiro levar o velhinho Nokia, é resistente, a bateria aguenta mais que o meu smartphone actual, e se lhe acontecer algum azar, ao menos não deitei centenas de euros fora.
Usando o teu exemplo, mais que repetido entre sites e fóruns, se for para o campo, sim, levo o cavalo, na cidade, continuo com o carro.
Bem, compreendo que se faça este tipo de analogia, mas os tópicos estão forçados para obter os resultados pretendidos o que torna estas análises completamente inconsequentes.
ResponderEliminarDuração da bateria
Eu tinha um desses nokias antigos e a bateria não durava assim tanto se eu fizesse chamadas, mas não fazia assim muitas porque não havia muita razão para o fazer e porque eram caras. Assim, a bateria lá ia durando os 5dias.
Num tele moderno, com o mesmo tipo de utilização, a bateria dura o mesmo tempo ou mais. Só usando o resto das funcionalidades do tele é que vemos a bateria a voar. Mas essa comparação justa não interessa fazer.
Proteção contra impacto
Os teles eram mais robustos? Sem dúvida. Mas podemos artilhar um tele moderno para ser ainda mais robusto que os antigos e ainda assim ser mais pequeno e pesar menos. Não é propriamente algo que perdermos, mas sim algo que escolhemos não ter (preferimos o risco pequeno de ele cair de vez em quando e ter em troca um tele levezinho e fininho e "+ bonitinho").
Atualizações de software
Mais uma vez, se tudo o que fazemos com o tele são chamadas, não precisamos de atualizar absolutamente nada. Tenho um desire antigo que já vai há 4 anos sem atualizar coisa nenhuma e assim continuará. Faz chamadas que é uma maravilha.
Life Span
Tenho um desire com mais de 4 anos...Os teles modernos devem andar aí a rebentar aos montes após 2 anos para justificar este tópico? Ou ele refere-se ao facto de os aparelhos e as suas funcionalidades evoluírem tão rápido (e do facto de sermos uns consumistas campeões) e que por isso estamos sempre a trocar?
Typing speed
Tenho uma amiga que ainda usa um destes teles antigos para escrever mensagens, lá no emprego. A patroa pede-lhe para enviar um sms e é ver a rapariga a carregar nos botões à velocidade da luz. "Tu escreves tão rápido como nunca vi" - lá diz a patroa. E realmente até parece que assim é, mas longe de 9 por segundo, mais tipo 3 por segundo. Agora, vou assumir que este último tópico está ali por piada, por realmente o autocorrect às vezes atrasa as coisas, mas claramente que é muito superior em termos de velocidade utilizar swipe com previsão de palavras.
Resumindo, não estou aqui a tentar arranjar forma forçada de deitar abaixo estes tópicos, mas acredito sinceramente que as ditas comparações não fazem sentido. Convido ao debate se tiverem algo a acrescentar.
tenho 73 telemóveis todos eles a funcionar e todos desde 1980 ,quanto a porcaria dos smartphones não duram 6 meses .....e cada vez piores so trazem porcaria e parece feitos de bosta....
ResponderEliminarBom dia
ResponderEliminarTenho um Nokia n80,liga só que não aparece na no ecrã