2014/08/19

O Email, ainda e sempre


As redes sociais vão de vento em popa, com centenas de milhões de utilizadores; as apps de mensagens não lhes ficam atrás; e tal como noutras ocasiões, há quem diga que é o princípio do fim do email. Mas... será mesmo que o email está em risco?

É inevitável que cada nova geração vá tirando partido (e inventando) formas mais eficientes de comunicar. Bastará olhar para o sucesso que as SMS foram (e ainda são) entre os mais jovens, que agora aos poucos se vão mudando para apps de mensagens à medida que os smartphones e o acesso à internet "mobile" se vão alastrado. Mas por muitos que todos esses serviços proliferem... o email continua a ser um dos pontos centrais - e indispensável - de todos os serviços na internet.

Tentem criar uma conta em qualquer serviço, e será necessário introduzirem um endereço de email (e validado com um envio de um código para lá, espera-se). Dos serviços mais irrelevantes aos mais importantes, todos eles dependem de um email para vos validar e vos enviar informações; ou tão somente para permitir a recuperação de uma password, caso venha a ser necessário.

Durante muito tempo o email era olhado com desconfiança, pois não oferecia qualquer certeza de que a mensagem teria sido entregue ou lida. Hoje em dia é bem mais provável que um fax fique esquecido na máquina que o recebeu do que um email passar despercebido ao seu destinatário (isto, se os filtros de spam não tiverem decidido esconder a mensagem.) Para além disso oferece a conveniência de poder ser enviado e respondido ao critério dos respectivos intervenientes: provavelmente não telefonariam a uma pessoa às 3h00 da manhã para lhe dizer algo; mas podem facilmente enviar-lhe um email, que ele responderá quando puder/quiser. Mesmo os jovens mais avessos aos emails acabam por ter que "ceder", assim que desejarem criar uma conta para poderem jogar jogos online, ou se registarem nas suas consolas de jogos.

E isto sem esquecer o quanto o email também tem evoluído. Dos antiquados sistemas de há várias décadas temos agora serviços muito mais completos e potentes, como o Gmail, e o próprio Outlook.com da MS. O Gmail já opta por separar automaticamente os emails de acordo com várias categorias; o que poderá ser um prenúncio daquilo que o email poderá vir a ser no futuro: o centro da nossa vida digital, e onde será agregado todo o tipo de informação, da mais importante e pessoal às publicidades descartáveis, sem deixar de fora todo um registo de compras e outras actividades que se forem fazendo.

Talvez no futuro algo melhor que o email possa vir a ser inventado; mas por agora e pelo tempo que é possível "antever" para o futuro, o email continua seguro e de boa saúde, e sem intenções de sair de cena.

5 comentários:

  1. Tenho muita pena que o Google Wave não tenha tido a adopção necessária para continuar a evoluir, pois era um sistema de longe superior a tudo o que existe actualmente, seja emails, redes sociais, etc..
    Tinha interactividade em tempo real, ou quem não quiser, responde quando quiser/poder, e podia-se fazer replay de todas as respostas que foram aparecendo ao longo do tempo...
    Quer dizer que temos falta de "early adopters" e capacidade de dar um salto para algo novo e deixar a zona de conforto (pelo menos experimentar) para passar a usar um produto novo no futuro.. já para não falar em PT que é mais comum usar os binóculos ao contrario (visão a curto prazo e com muita neblina)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. +1 G Wave (ainda uso, de vez em quando, numa das "federations" que para ai andam..

      Eliminar
    2. Este comentário foi removido pelo autor.

      Eliminar
  2. O Wave veio antes do tempo, é uma plataforma espectacular e cheia de possibilidades. É pena :(

    ResponderEliminar