2014/08/29

Project Wing do Google faz entregas relâmpago via drones aéreos


Quando a Amazon disse estar a trabalhar num sistema de entregas via drones, toda a gente achou que não passava de uma manobra publicitária sem grandes hipóteses de se tornar realidade a curto/médio prazo. Agora é vez do Google revelar que tem um projecto idêntico... e que pode tornar-se realidade mais cedo do que se pensava: o Project Wing.

Já sabemos que o Google tem uma divisão dedicada a todo o tipo de projectos "malucos"; e é precisamente de lá que sai este Project Wing - um projecto de entregas em tempo recorde recorrendo a drones voadores.

Este projecto recorre a drones ligeiramente diferentes dos que estamos habituados a ver, mais se aproximando de aviões. Só que ao contrário de aviões convencionais, estes têm a capacidade de levantar voo e aterrar na vertical, como se fossem helicópteros. É também essa capacidade que é usada para evitar aquele que seria o maior obstáculo para um serviço deste tipo, que seria a parte de aterrar no destino com as devidas questões de segurança.

Em vez de aterrar, o drone do Project Wing fica a pairar no ar e baixa a encomenda usando um pequeno cabo. Desta forma, e assumindo-se que se tratam de entregas de dimensões compactas e leves (as mais adequadas para este tipo de transporte), não há grandes riscos mesmo que a encomenda acertasse em alguém no solo. Em caso de qualquer anomalia (alguém que agarre o cabo e tente puxar o drone, por exemplo) o sistema é capaz de cortar o cabo e regressar à base.

Já sabemos que a maioria das pessoas pode passar semanas a hesitar se compra algo, mas a partir do momento em que carrega no botão de compra, quer que a coisa lhe chegue "ontem"! Com um sistema de entregas completamente autónomo deste tipo, poderia ser possível passar a ter compras online que sejam entregues numa questão de minutos, em vez de horas ou dias.

A mim não me choca nem surpreende ver o Google a trabalhar numa coisa destas. Afinal, se está a impulsionar fortemente os veículos sem condutor que poderão revolucionar todo o sistema de transportes terrestre (quer de pessoas quer de mercadorias), porque não haveria de estar interessado em fazer o mesmo para os meios aéreos?

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