2014/10/22

iPad Air 2 aproxima-se da potência "de um computador"


A Apple já nos revelou o seu novo iPad Air 2, mais fino, mais leve, e mais potente (ao contrario do novo iPad mini 3, que se manteve idêntico ao mini 2, mas agora com Touch ID) e embora se trate meramente de mais um passo evolutivo, começa a ficar clara a intenção da Apple de promover o iPad como verdadeiro "computador para todo o serviço".

A Apple já tem aproveitado os iPads, e o facto de poderem carregar baterias de maiores dimensões, para usar CPUs melhorados em relação aos que encontramos nos iPhones, e no novo iPad Air 2 isto volta a acontecer. Em vez do A8 estreado nos iPhone 6, uma evolução do A7 de 64 bits usado no iPhone 5S, aqui temos um A8X - que tudo indica tratar-se de um CPU triple-core e acompanhado por 2GB de RAM (em vez do 1GB que tem sido habitual nos iPhones e iPads).


Tal como o A8 representa apenas uma ligeira melhoria face ao A7, a nível de processamento "single-core", o A8X do iPad Air 2 apenas se destaca do A8 usado nos iPhone 6 pelo facto de estar a funcionar a 1.5GHz (contra os 1.4GHz dos iPhones) e com isso conseguir um desempenho ligeiramente superior.




Quando se passa para o desempenho multi-core, aí as coisas já mudam de figura, e o A8X destaca-se claramente dos restantes modelos com melhorias de 68%.

Embora para a maioria das situações seja o desempenho "single core" que mais importa, há tarefas (como processamento de imagem, vídeo, áudio, etc.) em que se pode tirar total partido do processamento multi-core; e não terá sido por acaso que a Apple demonstrou o seu novo iPad a fazer precisamente esse tipo de tarefas.

O que isto significa é que, lentamente, a Apple vai posicionando o iPad como uma alternativa a um computador tradicional, mesmo para fazer processamentos mais "pesados" como o tratamento de imagens. Aliás, estes resultados superam os de um MacBook Air de 2011, que muitos ainda considerarão máquinas perfeitamente válidas e capazes.

Embora ainda não se esteja no ponto de considerar um tablet como uma potencial máquina principal de trabalho, parece-me que inevitavelmente começaremos a seguir nesse sentido; e onde bastará usar um teclado externo (e potencialmente um monitor externo adicional) para ficarmos com um verdadeiro "computador" para todo o tipo de tarefas - e auxiliado pelo facto dos programas também começarem a saber tirar partido das funcionalidades que um touchscreen permite a nível de interface (sem se limitarem a replicar as coisas concebidas para o uso com rato e teclado).

5 comentários:

  1. Mas para isso ja existe o surface da microsoft

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, mas ainda teria que emagrecer para metade (espessura e peso, e principalmente: preço) para ficar ao nível de um "tablet" na concepção de "tablet".

      Mas sem dúvida que neste momento, para quem quiser potência "completa" em formato reduzido, o Surface é excelente opção.

      Eliminar
  2. E falta usar o ios ou Android. Mas aqui dava uma discussão sem fim.

    ResponderEliminar
  3. É bastante curioso como mesmo sem ser vendido como uma ferramenta de trabalho o iPad na prática já o é. Sou médico e recebo muitos delegados médicos e representantes comerciais que em praticamente todos os casos utilizam o tablet da Apple como meio auxiliar de demonstração de produtos, plataforma logística ou simplesmente para armazenar dados. No meu dia a dia utilizo bastante o tablet como ferramenta de ligação entre clínicas, sendo um excelente substituto a um portátil. Obviamente que cada um tem suas preferências e suas necessidades profissionais e o meu exemplo pode não se adequar ao de outros profissionais, mas em termos gerais diria que sim o iPad pode tornar-se um substituto quase completo de um portátil em pouco tempo.

    ResponderEliminar
  4. Não me parece que a Apple pense que os tablets vão substituir os PCs (neste caso os Mac).

    Alinho com os que dizem que é errado pensar que se aproxima o fim dos PCs - compram-se menos PCs, não é porque se usem menos, é porque são melhores e precisam de substituições menos frequentes. (Sendo certo que os tablets não ajudam à venda de PCs).

    E com isto chego aos Mac. Acho que a Apple está muito interessada em aumentar as vendas, independentemente das do IPad. E mais, não aproximou o grafismo do OS X (que tem mais 20 anos que o iOS) ao iOS por acaso. E baixou os preços dos Mac. Quer mesmo que o pessoal que compraiPhone/iPad compre Mac, não é tem iPad já não compra Mac.

    No trimestre que terminou em 30 de Outubro vendeu 12,3 milhões de iPads e 5,5 milhões de Macs, mas enquanto as do iPad diminuíram, as do Mac aumentaram 8,9% (no geral a venda de PCs diminuiu). Acho que a Apple só precisava de comprar a Parallels, para pôr ao dispor dos assustados que querem ter o Windows/Office num Mac (neste caso, numa máquina virtual) e baixar um pouco os preços (o iPhone 6 Plus já não se distingue do MacBook Air mais barato) - e vendia Macs em barda.

    P.S. Também acho que o iPad sofre do “efeito PC”, ou seja, a partir do 3 (retina) é desnecessário comprar um novo, seja o Air 2 uma bomba ou não. Mas tablet é tablet e PC (Mac) é PC. “Ah, mas o futuro é dos híbridos, como o Surface”. Não me parece, nem que os tablets substituam os PCs.

    ResponderEliminar