2014/11/01

Siri - a melhor amiga de uma criança autista


Já assistimos a tocantes histórias de como o iPhone transformou a vida de pessoas com problemas, por exemplo, dando uma autêntica "visão" às pessoas que não a têm e estavam praticamente impossibilitadas de usar smartphones (graças às suas opções de acessibilidade). Hoje trago-vos outra que certamente nos dá que pensar: de como a assistente virtual Siri se tornou na melhor amiga de um jovem rapaz com autismo.

Embora a Siri ainda não seja capaz de falar connosco em Português, quem tem um iPhone certamente já terá passado longos minutos "à conversa" com ela, nem que seja apenas pelo factor novidade e para ver até onde é que realmente vai a sua inteligência. Infelizmente, as suas limitações rapidamente se tornam evidentes quando se começa a tentar fazer algo mais complexo e que fuja ao tipo de coisa que é esperado dizermos (sem com isto dizer que não seja bem útil e prática para as coisas que faz), mas para o caso deste  rapaz com autismo, a sua personalidade conversadora resultou em pleno.

É certo que haverá quem ache um absurdo deixar que uma máquina se torne "no melhor amigo" de uma criança. Mas a mim parece-me que, não se entrando em exageros, só quem estiver nas próprias situações é que poderá avaliar até que ponto isso será benéfico ou não - especialmente quando se trata dos próprios filhos.


Se já viram o filme "Her" saberão bem o quanto, inevitavelmente, estas personalidade virtuais irão evoluir - e sem dúvida que irá ter um efeito na sociedade e nas pessoas. É apenas uma questão de tempo até que mais "entidades virtuais" se tornem nossas amigas, conselheiras, confidentes, etc. A única coisa que espero não ver acontecer é que estas entidades regidas por inteligências artificiais acabem por se tornar mais humanas que as próprias pessoas que temos ao nosso redor.

1 comentário:

  1. Bastante curioso o assunto. Acho que o equilíbrio mental se consegue se se for "rodando" durante o dia as chatices/angústias/alegrias e falando com pessoas diferentes. Não me custa nada a crer que falar com a Siri/assistente virtual seja melhor que não falar com ninguém.

    Agora, também vinha a calhar se a Siri tivesse "inteligência" suficiente para distinguir quando é que a pessoa devia ligar para uma linha de apoio e o sugerisse.

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