2014/11/25

T-Mobile limita a velocidade dos utilizadores - excepto nos testes de velocidade


Por muito que se queira dar o benefício da dúvida de que há operadores de telecomunicações e de internet que são sérios e respeitam os clientes, regularmente lá surgem motivos que nos fazem pensar que isso é uma autêntica causa perdida - como agora aconteceu com a T-Mobile norte-americana, que vai ser obrigada a mostrar as velocidades reais limitadas, uma vez que aplicava excepções sempre que utilizador fizesse testes de velocidade.

A T-Mobile, tal como alguns operadores nacionais, usa o sistema de um limite de dados mensais após o qual as velocidades caiem para valores de 128 ou 64Kbps. Não está em causa se isso é correcto ou não (pessoalmente acho que é preferível a ter a ligação cortada ou serem cobrados dados extra), o problema é que se fossem fazer um teste de velocidade, iriam estranhar obter os valores de Megabits que o vosso plano e telemóvel permitissem atingir.

Sim, tal como aquelas marcas que foram apanhadas a detectar benchmarks e a acelerar os seus processadores, também a T-Mobile usava um sistema que dá sempre a máxima velocidade a quem estiver a fazer testes de velocidade, mesmo quando estão sujeitos a limitações de velocidade. Depois de muitas reclamações dos clientes e intervenção da FCC, a T-Mobile vai ser obrigada a mudar este sistema, de modo a mostrar aos seus clientes quais as velocidades efectivas que podem obter de acordo com as limitações que estiverem a ser aplicadas no momento.

Com este tipo de situações, como se poderá ter qualquer ilusão de que, se a neutralidade dos dados e da internet não estiver claramente e inequivocamente protegida por lei, os operadores não irão fazer todos os abusos possíveis e imagináveis - como este que já estavam a fazer? (E não vamos entrar na questão de que serviços de música contam ou não para o tráfego, como infelizmente alguns operadores por cá também já vão fazendo.)

1 comentário:

  1. Que lata. Já não há ética.Vê-se ai com cada coisa que mais parece feito por "monstros" do que por seres humanos. Que falta de valores.

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