A missão Rosetta conseguiu fazer pousar o pequeno módulo Philae no cometa 67P, mas infelizmente uns ressaltos fizeram com que o mesmo fosse atirado para uma zona de sombra onde eventualmente acabou por ficar com a bateria descarregada. Agora, regressam as esperanças de que o mesmo se possa voltar a reactivar.
Já tinha sido previsto que, com a aproximação do cometa ao Sol, a zona onde o Philae ficou poderia começar a ter maior exposição solar ao ponto de permitir a sua reactivação, e é precisamente isso que os cientistas agora aguardam - embora as hipóteses de que isso venha a acontecer continuem a ser bastante reduzidas.
É que para que o Philae regresse à vida será necessário reunirem-se um conjunto de factores: os seus painéis solares terão que receber luz suficiente para gerar mais de 5.5W de energia e a sua temperatura interna terá que ser superior a -45ºC. Se tal acontecer, o módulo usará a energia gerada para aquecer um pouco mais e ficar à escuta dos sinais da Rosetta em órbita do cometa, a cada 30 minutos. Mas, mesmo que tudo isto esteja a acontecer neste momento, não temos hipótese de o saber... Para isso será necessário receber uma transmissão iniciada pelo Philae, o que requer cerca de 19W de energia.
Os cientistas calcularam que esta próxima semana será a altura em que isto poderá acontecer, com a Rosetta a tentar entrar em contacto com o Philae ao longo de 11 passagens que fará por uma posição favorável ao contacto e numa altura em que o módulo terá recebido exposição solar durante o máximo de tempo possível.
Ainda assim, para o caso do módulo poder estar em modo de escuta, os cientistas têm enviado comandos de modo a que ele possa poupar energia e maximizar as hipóteses de sucesso na comunicação. E agora é ver se até ao próximo dia 20 ele envia uma resposta.
... Mesmo que não envie, ainda nada está perdido... pois existirão novas (e melhores) oportunidades à medida que o cometa se vai aproximando do Sol.
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