2015/07/08

Canal Showtime também se aventura no streaming sem necessitar de operador de TV


A tendência continua e é imparável. Aos poucos os canais de televisão lá se vão convertendo ao streaming e on-demand, e o Showtime é mais um que o faz, com algumas coisas positivas... mas também repetindo os erros já conhecidos.

A transição dos canais de TV tradicionais para os serviços de streaming on-demand é inevitável, e todos os canais o sabem. Ainda ontem falamos da chegada do FOX Play a Portugal, talvez precipitado pela chegada anunciada do Netflix ao nosso país em Outubro, e nos EUA também o Showtime se junta aos que disponibilizam um serviço de streaming on-demand, que para além de deixar ver a emissão em directo também permite que os subscritores possam ver o que quiserem, quando quiserem.

Neste caso, há alguns aspectos positivos: por exemplo, a subscrição do serviço não implica ser-se assinante de um serviço de TV (de momento, o FOX Play está disponível apenas para quem já for cliente Vodafone TV); mas depois essa vantagem esfuma-se quando se descobre que também este é mais um serviço de streaming que insiste em manter as fronteiras geográficas que todos desejávamos ver desaparecer - chega-se ao ponto caricato de nem sequer termos acesso à página que anuncia o lançamento do serviço... o que é completamente ridículo.

Eventualmente, lá chegaremos ao dia em que estes serviços perceberão que, com a internet como rede de distribuição mundial, deixa de fazer sentido impor as arcaicas restrições regionais - que só servem para incentivar que os espectadores recorram a fontes não oficiais para acederem aos conteúdos. No entanto, parece-me inevitável que se acabará por cair num formato idêntico aos dos pacotes dos serviços de TV por cabo; em que dezenas/centenas de canais fiquem englobados numa única assinatura: pois não me parece que os consumidores estejam dispostos a pagar $10 ou $11 mensais adicionais por cada série que queiram ver em cada canal que a transmita. Bastará olhar para serviços como o Netflix, Spotify e outros, para ver que o futuro terá que ser "agrupado", e que só têm a perder enquanto tentarem adiar ou dificultar isso.


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