Desta vez a suspensão não tem a ver com receios de espionagem (como acontecia com a Huawei), mas sim com o facto da Xiaomi ter mantido a presença e actividade na Rússia apesar da guerra com a Ucrânia. Em resposta a isso, as operadores Telia, DNA, e Elisa - as três maiores no país - vão retirar os smartphones Xiaomi do seu catálogo, vendendo apenas os que ainda têm em stock; com a Elisa a optar por não fazer uma suspensão total mas dizendo que irá restringir significativamente os modelos Xiaomi disponíveis.
As operadoras de telecomunicações não são as únicas a mostrarem o seu desagrado com a situação. A cadeia de lojas Veikon Kone foi a primeira a avançar com a suspensão de vendas de produtos Xiaomi este Verão, mas viu-se forçada a recuar na decisão quando as lojas concorrentes não aderiram ao bloqueio; as demais cadeias como a Gigantti e Verkkokauppa dizem que, enquanto não houver uma directiva europeia a proibir a venda de produtos Xiaomi, continuarão a comercializar os seus produtos.
Se a UE decidir tomar tal posição, a Xiaomi poderia sofrer um grande revés, fazendo desaparecer toda a vantagem que teve ao aproveitar a penalização da Huawei com as sanções norte-americanas, e que ditou o fim das ambições da Huawei de ascender à primeira posição na tabela dos fabricantes de smartphones.
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