O Signal está a fazer upgrade da sua encriptação E2E, para ser mais resistente contra futuros ataques de computadores quânticos.
Uma das capacidades esperadas dos computadores quânticos é a de que, no futuro, à medida que se consigram construir máquinas mais poderosas, consigam decifrar com facilidade a maioria dos sistemas de encriptação actuais. Precisamente para fazer face a essa eventualidade têm sido desenvolvidos novos sistemas de encriptação concebidos para resistir a esse tipo de ataques, e o Signal é um dos primeiros serviços a adoptá-los.
O Signal passou o seu protocolo de troca de chaves do X3DH (Extended Triple Diffie-Hellman) para o PQXDH (Post-Quantum Extended Diffie-Hellman), que integra mecanismos concebidos especificamente para dificultar tentativas de descodificação usando computação quântica.
De momento os computadores quânticos ainda não são uma ameça neste cenário, mas alguns especialistas dizem que o poderão vir a ser daqui por quatro ou cinco anos. A maior preocupação é que, não podendo decifrar as comunicações actuais, algumas entidades e países estejam a recolher todo o tipo de mensagens encriptadas a que possam ter acesso neste momento, com a expectativa de que poderão vir a decifrá-las no futuro. Ao fazer a melhoria do sistema de encriptação desde já, o Signal inviabiliza essa possibilidade; embora também esteja consciente de que é ainda um primeiro passo no sentido de resistir à computação quântica, assumindo desde já que o sistema irá ser alvo de alterações e melhorias ao longo dos próximos anos, com base nos desenvolvimentos que forem sendo feitos nesta área.
No mínimo, servirá para conscicencializar que nem toda a encriptação é igual, e incentivar que os demais serviços também reforcem a segurança dos seus sistemas de encriptação.
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