A Microsoft vai deixar que todos os links sejam abertos no browser escolhido pelos utilizadores em vez do Edge - mas só para os utilizadores europeus.
A MS parece sofrer de amnésia recorrente e esquecer casos do passado, como aquele em que acabou por ser obrigada a adicionar um ecrã de selecção de browser no Windows, para apresentar opções alternativas aos utilizadores em vez de os deixar (na altura) com o medonho Internet Explorer. Apesar das décadas passarem, parece manter-se o mesmo sentimento. A MS começou por dificultar o processo de escolha de um browser alternativo no Windows 11, onde seria necessário fazer dezenas de associações manuais a tipos de ficheiros; e mesmo depois de ter facilitado esse aspecto, havia alguns links que continuavam a ser abertos sempre no Edge apesar dos utilizadores terem escolhido outro browser pré-definido para o sistema.
Com o Windows 11 Insider Preview Build 23531 isso fica resolvido, com todos os links a - finalmente - respeitarem a opção do browser escolhido pelos utilizadores. Mas se esta alteração poderá colocar, por agora, um ponto final no assunto para os utilizadores europeus, vem também reforçar críticas adicionais por utilizadores no resto do mundo.
Agora começam a surgir utilizadores que se sentem injustiçados por continuarem a ter que levar com o Edge em vez do browser da sua preferência, e que vão perguntando coisas como "como posso enganar o meu Windows 11 para que pense que sou um utilizador europeu?"
É muito mau sinal quando se começa a ter que recorrer a batotas e artimanhas para que o sistema operativo se comporte como o utilizador deseja; e infelizmente isso é algo que no Windows tem vindo a acontecer com cada vez maior frequência (bastando lembrar a questão de não se poderem desligar as actualizações ou o envio de dados de telemetria para a MS, a não ser que se recorram a utilitários não oficiais). E se é certo que não é fácil escapar ao Windows, importa relembrar que todos os abusos só são suportados até chegar a um ponto limite, a partir do qual perderão não só um utilizador, como ganharão um verdadeiro anti-fã que não perderá oportunidade para falar mal do sistema e fazer os possíveis para que mais pessoas o abandonem.
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Parece que estamos de volta ao anos 90 e inicio de século. a M$ estava a ir num bom caminho e está a querer estragar tudo. Um dia se calhar torna-se irrelevante.
ResponderEliminarA M$ é uma empresa privada, intuito de ganhar dinheiro. Por isso existem leis para limitar o que é possível. Se na UE há leis nas nos EUA e noutros sítios não existem...a culpa não é da M$ (moralmente sim, mas como digo, o intuito é ganhar dinheiro, não é fazer para o bem comum). Isso de ser tornar irrelevante pode acontecer a todas, mas já andam a dizer isso há umas décadas e no entanto... também disseram que o Linux ia tomar conta e não se viu nada.
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