Ninguém pode tirar à Google o mérito de ter sido uma das primeiras empresas a apostar em força na fotografia computacional, demonstrando que uma fotografia ou vídeo é muito mais do que aquilo que os sensores de imagem captam. O processamento aplicado sobre os dados obtidos dos sensores podem fazer toda a diferença entre imagens medíocres ou imagens fantásticas, e isso até permitiu à Google manter o mesmo sensor de câmara durante várias gerações dos seus Pixel. Mas, com o passar dos anos, a Google pareceu também acomodar-se a essa situação, deixando de inovar ao ritmo que os fãs gostariam.
Com a chegada do Pixel 8 Pro, a Google apostou numa série de novidades "AI" no tratamento de imagem, como capacidades de edição que facilitam eliminar e mover elementos, e também num "video boost" que agora foi posto à prova lado a lado com um iPhone 15 Pro.
O Video Boost de facto faz "milagres", especialmente para cenas de vídeo gravadas em ambientes com baixa luminosidade, fazendo com que os resultados sejam idênticos - ou até ligeiramente superiores - aos obtidos pelo iPhone 15 Pro.
No entanto é preciso ter em conta que, enquanto os vídeos do iPhone 15 Pro são obtidos directamente e de forma imediata, o processamento do Video Boost implica o envio dos vídeos para a cloud da Google, onde esse processamento é feito, e só posteriormente disponibilizado ao utilizador, o que pode levar horas. Tendo em conta que a Google até anunciou a capacidade do Pixel 8 correr o seu modelo Gemini AI localmente no dispositivo, esperemos que numa futura actualização a Google consiga transferir o processamento do Video Boost para o smartphone, dispensando a necessidade do processamento na cloud.
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