A Volvo parece estar a sofrer com a questão dos carros serem, actualmente, software sobre rodas. Há clientes que se queixam de que os seus carros ficam com os ecrãs desligados, os botões no volante deixam de funcionar, travagens de emergência feitas sem motivo, e até recusa de iniciarem o carregamento. Outros queixam-se de que os seus carros regressam aleatoriamente às definições de fábrica, esquecendo-se todas as configurações que tinham sido feitas.
É uma situação estranha, considerando que a Volvo já tem diversos modelos destas novas gerações no mercado, mas é certo que também os outros modelos têm recebido queixas ocasionais deste tipo de bugs. Neste caso, a Volvo diz que apenas um "pequeno número de clientes" tem recorrido à devolução e pedido de reembolso, enquanto promete fazer todos os esforços para melhorar o software.
Isto acaba por ser um sintoma da velocidade com que os fabricantes querem lançar os seus modelos no mercado, mas não é admissível que se chegue a um ponto em que os clientes tenham que enfrentar bugs deste tipo. O mais assustador é que isto se começa a tornar cada vez mais comum, sendo cada vez mais evidente que os fabricantes de automóveis estão a lançar produtos inacabados no mercado, e a tratar os clientes como beta testers.
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