Já com cerca de 300 satélites com capacidade Direct to Cell em órbita, a SpaceX entra numa nova era de conectividade com o serviço Direct to Cell, que arranca com operações nos EUA através da T-Mobile, e na Nova Zelândia com a One NZ.
Depois de nos últimos anos se ter assistido a um investimento em smartphones com capacidade de comunicação via satélite, através de um processo algo arcaico que implica apontar cuidadosamente o smartphone para uma região específica do céu, e servindo apenas para o envio e recepção de mensagens, tudo isso passa a poder ser considerado pré-histórico. Graças a estes novos satélites, praticamente todo e qualquer smartphone fica com capacidade de comunicação satélite, sem necessidade de qualquer hardware especial - na prática significando que passará a ter cobertura em qualquer ponto do planeta, desde que tenha vista desobstruída para o céu.
Por agora o serviço estará limitado ao envio e recepação de mensagens, mas o sistema tem capacidade para suportar chamadas de voz e dados, ficando isso prometido para o futuro, à medida que a SpaceX colocar em órbita mais satélites de nova geração (para os quais também espera poder usar a Starship, que permitirá enviar mais satélites em cada lançamento, de forma mais eficiente e económica).Starlink Direct to Cell service is now available in New Zealand! 🛰️📱🇳🇿
— Starlink (@Starlink) December 18, 2024
If you’re a @onenzofficial customer, there are no changes to hardware, firmware, or special apps required. All you need is an eligible Android phone and a clear view of the sky https://t.co/gY8bZJyC5u
Numa altura em que, nos EUA, muito se tem falado do hacking dos sistemas de telecomunicação por hackers chineses, que alegadamente terão tido acesso aos sistemas internos de vários grandes operadores durante meses, só acho estranho que ninguém pareça estar preocupado com os efeitos "secundários" desta capacidade Direct to Cell, que na prática fazem com que a SpaceX (e Elon Musk) possa saber a localização de praticamente qualquer smartphone em qualquer ponto do planeta. Embora se tenha que referir que a SpaceX não é a únida empresa a trabalhar nesta tecnologia, e existem várias outras que estão a fazer coisas idênticas, mas significativamente atrasadas em relação à SpaceX.
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