Num futuro não muito distante, todos os utilizadores poderão ter milhares de seguidores nas redes sociais, só que não serão pessoas reais mas sim bots AI - de acordo com a Meta.
A Meta está a apostar fortemente na inteligência artificial como forma de dinamizar as suas plataformas, adicionando personagens virtuais no Facebook e Instagram. Estes bots, com perfis completos e capacidade de criar e partilhar conteúdo, são a mais recente táctica para tentar atrair um público mais jovem.
A visão da empresa é que estes bots coexistam com amigos, familiares e celebridades nos feeds das redes sociais, tornando-as mais activas. Ainda assim, é uma mudança irónica: a Meta, que antes combatia perfis falsos, agora passa ela própria a promover personagens virtuais como uma funcionalidade essencial. O surgimento destes bots está ligado a uma tendência de longo prazo de automação nas plataformas da Meta. Ao longo dos anos, o Facebook e o Instagram substituíram gradualmente as interacções sociais tradicionais por recomendações de conteúdos e feeds criados pelos seus algoritmos. Os bots AI representam uma nova fase: não apenas seleccionar ou promover conteúdo, mas também criar e participar activamente nas interacções sociais. Para a Meta, isto é tanto um desafio técnico quanto uma reestruturação estratégica da sua política de crescimento.
O que é certo é que isto não é novo. No passado, plataformas de encontros online já demonstraram enorme sucesso no uso de bots para "cativar" os utilizadores - ao ponto de terem que pagar por isso, e sem saberem que nem estavam a falar com uma pessoa real. Mesmo que uma parte significativa dos utilizadores da Meta bloqueie ou ignore estes bots oficiais, continuarão a existir centenas de milhões de utilizadores que poderão ficar igualmente encantados e maravilhados com a atenção providenciada por estes personagens virtuais.
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