2009/07/20

Amazon Apaga Livros Remotamente

Um dos acontecimentos mais mediáticos nos últimos dias não podia ter sido mais bem "conseguido."

A Amazon, num acto de incompreensível insanidade, apagou remotamente algumas cópias de livros dos seus populares leitores de eBooks: os Kindle.

Ou seja, vocês compram um livro electrónico... e no dia seguinte descobrem que o livro foi apagado e o dinheiro vos foi devolvido.
Não é a questão da devolução do dinheiro que está em causa, mas sim o apagar de um conteúdo que vocês tinham comprado e que estava presente no vosso Kindle.

Ora... este é apenas um dos exemplos dos exageros a que se pode chegar quando as companhias nos tentam convencer que o direito ao usufruto é equivalente ao direito de possessão. (E neste caso, até o direito do usufruto foi retirado aos clientes, sem qualquer pré-aviso.)

A Amazon diz agora que foi um erro, e que tal não voltará a acontecer.

Nem a Apple e a sua "quase-Nazi" App Store se atreveu (por equanto) a fazer tal coisa - mesmo que uma App seja removida, os clientes que a descarregaram enquanto esteve disponível continuam a poder utilizá-la, permanecendo nos seus iPhones para o resto da vida.

Mas, o mais caricato nesta questão da Amazon... é  o "pormenor" de os livros que foram removidos dos Kindles dos clientes terem sido os premonitórios 1984 e o Animal Farm!
(Ambos, livros icónicos sobre uma sociedade "big brother" e onde todos têm direito a serem iguais... mas onde uns são mais iguais que outros.)

3 comentários:

  1. O nome dos livros apagados foi a cereja em cima do bolo, lol

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  2. John: - HAL turn the firewall up, please.
    HAL: - I cant do that, John

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  3. Haaa... a ironia desses títulos. :)

    Por mim acho bem que a Amazon continue assim. Está a matar o Kindle e a abrir caminho para leitores concorrentes com formatos abertos. Primeiro desactivaram a função que lia em voz alta os livros, só pq a sociedade de autores os ameaçou processar (sem fundamento legal algum). Agora apagam livros e outras coisas do género. Já foram histórias destas que mataram o DRM na música. Continuem assim q vão longe!

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