2012/01/23
Os Conteúdos Pagos a Multiplicar
Com a questão dos direitos de autor, o combate à pirataria e à partilha na internet, a taxação dos Gigabytes nos discos (e não será de estranhar que a seguir se siga uma taxa sobre todo e cada GB transferido pelos ISPs, mesmo que sejam os gigabytes de fotos e vídeos da festa de aniversário do último fim de semana), há um aspecto que os tais defensores se parecem esquecer: o facto de grande parte das pessoas já estar a pagar múltiplas vezes por esses mesmos conteúdos!
Nem me refiro aos casos em que temos músicas que compramos em cassete, e em disco, e depois em CD... ou de filmes que compramos em VHS, e depois em DVD, e depois em BluRay, e que depois gravamos de um canal de TV público...
A questão é que efectivamente pagamos uma taxa de TV... e em muitos casos uma mensalidade da TV por cabo... e se calhar um ou outro serviço de "TV online" (que por cá tardam em chegar, como o Netflix.)
Por isso mesmo, com que moralidade poderão depois os ditos "defensores" dos direitos de autor acusar alguém que fez o download de uma série que passa num qualquer desses meios; ou tão pouco chegar ao ridículo de proibir que essa mesma série seja visto neste ou naquele dispositivo!?!
Estão a imaginar o que é um futuro onde uma série só pode ser vista na TV, outra só pode ser vista no vosso computador, outra só no vosso tablet ou telemóvel? Seguramente que haveria quem não se importasse, desde que pagassem uma e outra vez por tal privilégio...
A questão, é que já o estamos a fazer, mas parece haver quem ache que ainda não se paga o suficiente.
Acabem com essas restrições, acabem com as tretas dos conteúdos "não disponíveis na sua região geográfica", acabem com tudo isso e disponibilizem o que realmente interessa, relembrando-se que a maioria das pessoas já paga por esses conteúdos, e nem se importa de o continuar a fazer...
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Infelizmente para quem esta no poder olha para nos, e vê, € $ £, estando sempre a estudar a melhor forma de nos extorquir dinheiro... Foi assim e sempre será... Sinceramente não vejo um futuro risonho para nos... Também não significa que seja o fim mas talvez uma mudança em que quem sairá prejudicado seremos nós, aqueles com menos possibilidades...
ResponderEliminar"...indisponível na sua zona" enquanto não negociamos o tacho com as editoras e quanto lhes vamos ter de pagar para poder ter o serviço.
ResponderEliminar!ou de filmes que compramos em CHS, e depois em DVD, e "
ResponderEliminarVHS :p
Estamos agora na caça às bruxas. Atingiram o "mestre" do barco (megaupload), e agora todos os tripulantes estão a saltar borda fora. Até um site brasileiro onde eu ia buscar os links para o download dos últimos episódios do naruto (que em Portugal ainda não é comercializado e muito menos transmitido...e estou a falar mesmo dos episódios mais recentes), fechou o acesso a todos os visitantes com Ip's que não são os do seu país.
ResponderEliminarNo caso Português poderia existir serviços como o Hulu, onde se podem ver séries e filmes com publicidade, ou mesmo o netflix, mas não. Não daria tanto dinheiro como taxar dispositivos de armazenamento. Serviços de streaming de música como o Spotify...existem tantos exemplos que poderiam fazer alterar um pouco a situação em Portugal... Mas é como disse, se calhar não daria uma margem de lucro tão choruda para os ditos "Autores" portugueses...
E coloco Autores entre aspas porque gostava de saber o que é que a Sociedade Portuguesa de Autores considera por autores. Nomeadamente se são mesmo todos os autores dignos de tal nome, ou apenas os que estão inscritos na sua associação...
Tinha mil e uma razões para criticar a pirataria e outras para a defender, mas só a hipocrisia do puritanismo exacerbado sobre os direitos do autor - defendido pelas editoras e por associações de direitos não sei do quê - faz-me esquecer toda a sua defesa.
ResponderEliminarQuem dera a muitos autores que não existissem editoras e fossem reconhecidamente copiados... Pensem nisso!