2012/10/02

O Peso das Telecomunicações no Orçamento Familiar

Até que ponto é que levam a sério a necessidade do telemóvel? Para muitas pessas a pergunta nem se coloca, sendo um dos objectos impriscindíveis que mais urgentemente levariam consigo em caso de alguma "catástrofe" em casa.

No entanto, os telemóveis e smartphones são também responsáveis por mais uma das muitas mensalidades que vão subtraindo euros ao orçamento familiar.

Por cá, o panorama é bem diferente do que se assiste, por exemplo, nos EUA, onde mensalidades na casa dos $50-100 são consideradas normais (claro que também há que ter em conta a diferença bem notória nos salários médios!) Mas onde esse custo das telecomunicações já começa a ter impacto na forma como as pessoas usam o resto do seu dinheiro - e onde alguns poderão optar por curtar nos outros custos (restaurantes, roupa, etc,) antes sequer de considerarem reduzir a sua mensalidade do telemóvel.



Deste lado do Atlântico, as coisas são diferentes, com a maioria das pessoas a nem sequer conceberem pagar tais valores por uma mensalidade de telemóvel - a não ser em caso de utilização profissional. Não será por isso segredo que os planos pré-pagos por cá sejam tão populares, ao dar maior controlo sobre os custos que se têm - e onde, em caso extremo... não se poderá gastar o que não se tem!


Mas a verdade é que frequentemente me interrogo sobre se as pessoas têm real consciência do valor que pagamos em telecomunicações, a que se adicionam o serviço de acesso à internet e TV por cabo! (Faltará muito para que ZON e MEO disponibilizem serviços de "só-internet"? Ou será que têm receio que grande parte dos clientes abandonasse de bom grado as "centenas" de canais que lá estão apenas para encher os folhetos, e sem qualquer utilidade prática para a maioria das pessoas?)

Tudo somado, são muitas centenas - ou até milhares - de euros num agregado familiar, e que especialmente no período que atravessamos, deverão ser alvo de análise atenta para saber se realmente são adequados ao que queremos... e ao que podemos pagar.

5 comentários:

  1. excelente artigo. acredito que muitas famílias se somassem realmente o que gastam nesses serviços, assustavam-se... como exemplo, tenho serviço triplex onde optei pela valor em detrimento do numero de canais, tenho plano com chamadas e dados incluídos no meu telemóvel para ficar mais em conta e ser valor fixo. o da esposa sem carregamento obrigatório e o do rapaz adolescente tem moche também com valor fixo. tudo a rondar os 70 euritos...

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  2. No que toca as mensalidades, vejo as coisas de maneira bem simples:

    Preciso, posso pagar, tento ter o melhor custo/beneficio.

    Da jeito, posso pagar, tento ter o mais barato dentro do limite do razoável.

    Não preciso, não vou pagar mais só para ter uma vantagem que não uso.

    Se não posso pagar, tento remediar com o que arranjo.

    Antes os 300Mb do pacote de dados não chegavam. Agora ligo os dados apenas quando efectivamente necessito e não tenho WiFi por perto. Como agora qualquer local tem internet, penso que cada vez menos se justifica pagar por pacotes de dados com grandes tectos de trafego.

    O mesmo se passa com a TV.
    Passei vários meses sem TV paga, apenas com um ADSL. Como apenas estava em casa, acordado, a hora de jantar e pouco mais, não achava necessário pagar para algo que praticamente não usava. Basicamente em 6 meses foi uma poupança na ordem dos 180/300€.

    A isto junta-se mais 30€ do pacote de dados, e só em serviços que não são de primeira necessidade foram mais de 200€, que me dão pa roupa e pneus para o carro, mas que para muitas famílias corresponde as compras para um mês Inteiro, parte das propinas da faculdade, etc...

    Nas telecomunicações e em tudo temos de ter cuidado com o que nos taxam e se efectivamente tiramos algum benefício do que pagamos, principalmente nos tempos que correm.

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  3. Já ando a aproveitar as campanhas para "novos clientes", do cabo/fibra + internet + telefone grátis à noite e fim de semana, há uma série de anos.

    A conversa é sempre a mesma. Abre-se a porta ao pessoal que vende contratos com um operador e a conversa é sempre a mesma:

    - "Quanto é que está a pagar ?"
    - "Mais de €70"
    - "É muito. Tem canais pagos ? Quais ?"
    - "Sim. Os canais (...)"
    - "Na nossa campanha para novos clientes fica a pagar nos primeiros 3 mese €36, oferecemos-lhe (...)"
    - "E no fim dos 3 meses ?"
    - "No fim dos 3 meses e durante o primeiro ano fica a pagar €56. Oferecemos-lhe (...)"

    Nunca falam do 2º ano (e último do contrato). Já conheci três operadores e no segundo ano todos cobraram o mesmo.

    De maneiras que quando o contrato está perto do fim dos dois anos tenho-me transferido para "novo cliente" de outro operador. Penso que os "novos clientes" são os "velhos clientes" que se vão transferindo de operador para operador.

    O último operador tem agora uma modalidade interessante. Perto do fim do contrato, se se lhes telefonar faz um contrato por um ano nas condições para "novos clientes". É mais prático, não preciso de contactar outro operador que vem fazer nova instalação. Também é bastante mais rentável para o operador, que não perde o cliente (Sempre me fez espécie o que fariam aos equipamentos usados, router, etc, quando o cliente passa para a concorrência. Às vezes só os vêm buscar passado meses).

    Esse último operador, para o pessoal que como eu paga mais de €70, perto do fim do contrato dos dois anos começa a telefonar - "oferece" uma diminuição de €10 mas o contrato passar a durar mais um ano, a partir da data da aceitação. Isto não é bónus nenhum, o que quer é que o cliente não passe para a "novo cliente" da concorrência.

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  4. só uma pequena nota relativamente ao texto da notícia, o meo nunca irá ter um serviço só de internet pois a pt já possui essa oferta com a marca sapo...

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  5. Muito bom e pertinente artigo.

    Sobre a factura do serviço triple-play, sou actualmente cliente de um pacote minimo: tenho o Meo Fibra (6Mbps+15 canais+telefone)... chega-me perfeitamente.
    Alerto que o da ZON a preço semelhante é um logro... ele aplicam limites de trafego (limitar a 10Gb é um insulto) e o conjunto de 15 canais é um pouco infeliz (o do Meo é superior).

    Quantos às carências... toda a gente sabe como funciona.
    Actualmente quando se quer ver um jogo de futebol... e às dezenas de canais inúteis, não os via e assim nem a falta lhes sinto. Quanto a mais filmes e séries... basta termos acesso á internet, que se resolve tudo na boa.
    Resumindo, pago um valor que me agrada e se adequa melhor aos tempos dificeis do meu orçamento familiar. Com valores assim, com boa net (não é a mais rápida mas é constante nos limites máximos), até questiono se chegará realmente a valer a pena a existência de um pacote "naked" (só net) por alguma operadora... basta eles terem pacotes como deve ser e a preços adequados à realidade nacional.

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