2013/03/24

O que é o HTML?


Hoje em dia a Internet já se tornou algo "comum" a que todos dão uso. A grande maioria, de forma directa ou indirecta já terá ouvido falar de "HTML" - mas no entanto, nem todos saberão em que consiste realmente esta "coisa". Não é o meu propósito ensinar-vos tecnicamente o que é o HTML (para isso já existem "milhões" de tutoriais espalhados pela internet), mas sim tentar explicar-vos de uma forma simples em que consiste este "bicho" responsável por fazer da internet e da web aquilo que é hoje.

HTML significa HyperText Markup Language, e a sua origem remonta ao final dos anos 80 do século passado, altura em que um tal de Tim Berners-Lee propôs esta sua criação como uma forma de partilhar e referenciar conteúdos (agora já sabem porque o chamam de "pai da internet").

Vejamos então o problema que se queria resolver, e como tal foi conseguido.

A forma mais fácil de guardarem informação é um documento de texto, certo? Facilmente podem criar dezenas ou centenas de documentos, darem-lhe títulos representativos, e ficar com uma enorme fonte de informação e conhecimento digitalizado. Mas... imaginem que por lá temos um documento chamado "sistema solar" que tem uma lista dos planetas do nosso sistema solar; e que também já temos outros documentos a falar detalhadamente de cada um dos planetas. Tornava-se bastante ineficiente ler um documento, e depois ter que procurar manualmente cada um dos outros, para conseguir informações mais detalhadas.

Era necessário uma forma de se poder referenciar documentos de dentro de outros... e é aí que entrou o "markup language". O "markup" é uma forma de inserir informação/comandos dentro de um documento de texto. Por exemplo, nos nossos documentos de texto, se quiséssemos uma forma standard de saber qual é o título do documento - ao contrário de assumir que estivesse sempre na primeira linha, por exemplo - poderíamos definir um código especial para o identtificar; um código que nunca seria escrito por acidente.

Assim, um texto que fosse:
O meu título
Este é um texto de exemplo só para ter alguma coisa.

Poderia tornar-se:
<title>O meu título</title>
Este é um texto de exemplo só para ter alguma coisa.

Com aqueles códigos especiais, um computador facilmente consegue interpretar o que está a ver, e saber distinguir o título do resto do conteúdo.

E tal como podemos criar um código para o título, poderíamos fazê-lo para muitas outras coisas: como por exemplo, separar páginas e parágrafos, mudar o tipo de letra, ou até inserir imagens, com algo do género <imagem nome="imagem.jpg> escrito no texto no sítio onde quiséssemos que a imagem aparecesse.

Já se está a ver onde toda esta versatilidade leva... se podemos criar códigos para fazermos o que queremos, porque não criar um código que serve de índice para outro documento? E foi com este pequeno passo que o emaranhado de interligações e referências que hoje conhecemos como "world wide web" (www) nasceu.

Os códigos usados no HTML nem sempre são muito explícitos à primeira vista. Por exemplo, inserir uma imagem é feita usando um facilmente decifrável <img src="ficheiro.jpg">. Mas no caso da tal referência para outra página (os vulgares "links"), o código poderá parecer um pouco mais obtuso:

  • <a href="pagina de destino">texto do link</a>


Basicamente, estamos a dizer que o texto contido entre as tags de abertura e fecho do elemento servirá como link para a página de desitno que especificarmos.


Claro que isto é tudo muito bonito... mas não passa de texto que não funcionaria por si só. E é aí que entram os browsers. Os browsers são os programas responsáveis por interpretar os documentos escritos em HTML, e nos apresentarem tudo isto já processado, com as imagens nos locais especificados, os diferentes tipos de letra aplicados, e os links transformados nos populares links clicáveis que todos conhecemos nas páginas web.

Hoje em dia, uma pagina web já raras vezes é apenas um bocado de HTML "puro" como antigamente. As coisas evoluíram ao ponto de agora ser indispensável usar outras técnicas, como o CSS para aplicar estilos de forma versátil e adaptável; e claro... o javascript, que permite transformar uma página web num autêntico programa que corre dentro da janela do browser. No entanto, não deixa de ser interessante pensar que tudo nasceu com uma simples necessidade de ter documentos de texto capazes de integrar conteúdos extra e que pudessem referenciar outros documentos.

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