Como consequência, muitos desses operadores estão agora a propor novas modalidades de actualizações mais frequentes (claro, em troca de pagamentos adicionais, ou apenas quando se atinge um determinado patamar de pagamentos) - mas penso que o "problema" poderá também estar relacionado com a potência sempre crescente destes equipamentos. É certo que um smartphone com quatro anos hoje estará completamente ultrapassado; mas não me parece demasiado fantasioso dizer que um quad-core deste ano continuará a estar bastante funcional daqui por quatro anos (não considerando a questão de ainda ter ou não actualizações oficiais).
Tal como nos computadores se atingiu um nível onde um CPU com um ou dois anos é perfeitamente capaz de cumprir as tarefas habituais (tendo muito mais impacto perceptível a nível de velocidade a utilização de um SSD em vez de um disco convencional, por exemplo), também nos mobile nos aproximamos desse patamar. Para nos convencerem a gastar dinheiro em trocas para novos smartphones, os fabricantes terão que ser bastante mais criativos do que nos proporem as já esperadas melhorias de "mais CPU, mais RAM, mais ecrã, mais câmaras", cujos benefícios começam a ser relativamente menores face às gerações que vão substituir.
Talvez por isso estejam tão interessados em nos apresentarem uma nova geração de produtos wearable, como os SmartWatches, com a esperança de que cada um das biliões de utilizadores de equipamentos mobile tenha um novo equipamento onde "deseje" gastar dinheiro.
... Ou então, começaremos a ver a "obsolescência programada" a ser implementada (se é que ainda não o é) nos smartphones, para garantir que passado o período da garantia, a frequência de avarias e falhas começa a ser de tal ordem que o utilizador seja automaticamente "incentivado" a trocar por um novo modelo.
É bem verdade o texto acima. Pessoalmente também acho que o mercado ficou "parado", ou sem real atrativo, já talvez desde o Galaxy 2, Iphone 4, LG xx, N8 e afins. Claro que existem avanços, mas não na medida em que por nós seria desejado. Basicamente é tal e qual como descrito: mais ecrã, mais processador/Ram e mais camera. Falta talvez o factor 'menos preço' de forma a incentivar novamente a febre dos smartphones Top de linha e abaixo. Hoje qualquer fabricante se tabela nos 500-700€ sem realmente justificar o investimento que é "volátil" em curto espaço de tempo(actualização de modelos anuais)!. É verdade que eu cá estou em pulgas para deitar a mão a um Lumia 1012, afim adoptar um software "actualizavel", tirar proveito de um ecrã maior, da excelente camera, etc... mas bem sei que em pouco mais de um ano sairá o sucessor e aí sim talvez equipado com tudo que há de melhor nas diversas características consideráveis. Ainda assim tenho me contido com uma mudança de apenas 3 em 3 anos +/-, já que os milagres prometidos a cada novo modelo anual, dos diversos fabricantes, pouco valor acrescentado trazem e utilização realmente melhorada a quem desde já investiu umas boas dezenas ou centenas de euros que por estes dias são notóriamente mais escassos!. :)
ResponderEliminarPois, o tema do post, passa-me ao lado.
ResponderEliminarEm smartphones comprei dois, um iPhone 3Gs e, passados 3 anos, um iPhone 5.
Sobretudo na área do Android, pareceu-me que havia quem comprasse novos modelos de empreitada.
Provavelmente andavam a correr atrás do "cool & wow factor" e para "botar" figura.
É um facto que o "cool & wow factor" tem vindo a diminuir, mas o motivo principal para a menor frequência na troca de smartphones terá a ver com a rápida e grande desvalorização que os smartphones, sobretudo Android, sofrem. A menos que se faça coleção de smartphones, para quem compra a pronto é preciso vender o modelo que se tem, por dinheiro que se veja, para comprar um novo modelo. Para quem tem fidelização facilitava bastante a "retoma" pelo operador do modelo antigo e a troca por um novo, diluindo a diferença de preço nas mensalidades.
A retoma, feita pelo operador (e o fabricante) já existe em vários países, em alguns tipos de contratos em que se fixa antecipadamente as condições para a troca passado um certo tempo. A retoma, como se faz com os carros usados, em que se chega ao stand e se pergunta 'Quanto é que me dá pelo meu carro se eu lhe comprar um novo ?", penso que não existe. Tem-se falado nisto, por exemplo no caso da Apple, para vender os novos modelos, sendo os iPhones usados vendidos na Índia e na China. É de facto muito provável que venha a aconter esta modalidade de retoma, mas para os modelos mais caros.
"Provavelmente andavam a correr atrás do "cool & wow factor" e para "botar" figura."
EliminarDesculpa lá que discorde, mas esta é uma característica mais vista nos fãs da Apple do que nos do Android.