Ainda não se sabe qual será o verdadeiro aspecto do smartwatch Galaxy Gear que a Samsung deverá revelar num evento marcado para o dia 4 de Setembro, mas há alguns detalhes que se vão descobrindo e que parecem estar praticamente garantidos.
A opção mais conservadora (uma vez que a Samsung disponibilizou diferentes protótipos aos developers, o que não permite saber qual será a versão final) aponta para um ecrã OLED quadrado de 2.5" (num total de 3" com as margens) com uma resolução de apenas 320x320 e um CPU Exynos 4212 dual-core a 1.5Ghz, sendo também dito que terá uma autonomia "decente". (Eu interrogo-me para quê a necessidade de um dual core a mais de 1.5Ghz, quando se trata de um smartwatch que não fará grande processamento local).
Mas, isso poderá ser explicado pela existência esperada de uma câmara, e também colunas, que permitirão fazer video-chamadas a partir do pulso. Irá também ter acelerómetros, NFC e Bluetooth 4.0 LTE. (O acelerómetro será usado para ligar o ecrã quando se roda o pulso para ver o ecrã - mas isso era coisa que já o meu velhinho Casio fazia há mais de uma década, acendendo a iluminação "glow".)
A nível de software, há uma grande aposta na gestão e apresentação de notificações, função que se poderá considerar primordial para um equipamento deste tipo, e também integração com as apps S-Health de tracking do exercício e actividade física.
... Mas há também um aspecto que se poderá revelar um pouco mais preocupante. Poderá dar-se o caso do Galaxy Gear apenas ser utilizado na sua totalidade quando usado com equipamentos Samsung e com apps disponibilizadas via a loja de apps da Samsung. Se tal se vier a confirmar, ficará demonstrado que a Samsung poderá vir a maior ameaça ao sistema Android, centrando-se cada vez mais nas suas modificações e na sua própria app store, em detrimento do sistema Android "universal" (no fundo, algo ao género do que a Amazon fez, e continua a fazer).
Será que o Galaxy Gear será o equipamento que irá fazer com que as pessoas optem por um "Android" ou um "Samsung"? Para que isso aconteça é melhor que seja mesmo um aparelho irresistível... porque senão servirá apenas como gadget que será utilizado como termo de comparação para o que não se deverá fazer.
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Demasiado poder de processamento e muita tecnologia num só pulso que vai pesar na "carteira" também.
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