2013/10/22
Investigadores criam disco de dados que dura "milhões de anos"
Os discos rígidos são o repositório de muita da nossa informação, e embora seja tentador pensar que são infalíveis e que duram para sempre, a verdade é que não é o caso (e nem será necessário relembrar a necessidade indispensável de ter uma boa política de backups!) Mas a situação torna-se mais grave quando começamos a pensar na preservação dos dados digitais para a posteridade.
Os discos magnéticos começam a perder os dados ao fim de uma década, obrigando a procurar alternativas capazes de registar dados que se aguentem por centenas ou milhares de anos. Sim, é verdade que os discos magnéticos podem ser "revitalizados" (se lermos os seus conteúdos e os reescrevermos novamente) fazendo com que seja possível manter os dados por muito mais tempo... mas isso não soluciona a necessidade de um arquivo verdadeiramente persistente que seja capaz de resistir à passagem do tempo mesmo em caso de não ser possível efectuar estes ciclos.
Investigadores na Holanda criaram um sistema com o qual dizem ser possível guardar dados que se manterão inalterados por milhões de anos. E a técnica é surpreendentemente simples: os dados estão guardados sob a forma de linhas microscópicas gravadas num disco de tungsténio, e cobertas por uma camada protectora. De certa forma acabam por poderem ser comparados aos registos cuneiformes e hieróglifos gravados em relevo das antigas civilizações, mas em escalas que permitem condensar mais informação numa pequena área.
Claro que podemos divertir-nos a pensar que em caso de cataclismo, alguns futuros sobreviventes poderiam olhar para estes discos sem ter qualquer noção do que se tratava (e ao contrário dos hieróglifos que podemos ver, estes seriam microscópicos e invisíveis à vista desarmada.) Em jeito de teoria de conspiração... quem nos diz que não tenhamos já descurado registos idênticos que tenham sido feitos por uma qualquer civilização antiga avançada que desapareceu com um qualquer cataclismo?
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